Marcelo Auler e o “tapetão” de Ricardo Teixeira na Justiça do Rio
4 de junho de 2015 | 20:11 Autor: Fernando Brito
Quem quiser conhecer um pouco do jogo de Ricardo Teixeira no “tapetão” judicial – onde foi indiciado três anos (!) depois de iniciado o inquérito contra ele pelos negócios com Sandro Rossell, ex-presidente do Barcelona – não pode deixar de ler o post de hoje do coleguinha Marcelo Auler, que conhece como poucos os meandros da Justiça no Rio de Janeiro.
O inquérito, a pedido do Ministério Público corre em sigilo total, tem o número 0020005.54.2012.4,02.5101 e está na 1ª Vara Criminal Federal, cujo titular é o juiz Marcos de André Bizzo Moliari e tem como promotora Ariane Guebel de Alencar, do MPF, e ainda não teve denúncia apresentada, segundo registra Auler, com informações de Luís Nassif.
A dupla não parece ser de fazer jogo de compadres: a pedido da promotora, o juiz Moliari mandou prender o Marcos Magalhães Pinto, os executivos Arnoldo Oliveira e Omar Bruno Correia e o ex-contador Clarimundo Sant’anna, por conta do escândalo do Banco Nacional, por formação de quadrilha, gestão fraudulenta, prestação de informações falsas a investidor ou à repartição pública e inserção de elementos falsos em demonstrativo contábil de instituição financeira..
Como acontece no Brasil, eles foram soltos em 24 horas por um habeas corpus concedido por um desembargador.
Há, diz Auler, no inquérito a movimentação de dinheiro obtida pela quebra do sigilo bancário de Teixeira, que montava a R$ 465 milhões, entre 2009 e 2012. Hoje, isso dá, com folga, mais de meio bilhão de reais.
Mas o ex-todo poderoso da CBF pode ter esperanças no tratamento generoso da Justiça. Em 2012, teve uma ação penal trancada em 2a. instância, sobre negócios com a empresa de marketing esportivo ISL, a de partir das denuncias feitas pelo jornalista inglês Andrew Jennings, o mesmo que há anos apontava a corrupção na Fifa.
O argumento foi de que ela repetia outra, trancada em 2008.
Algo assim, tipo “pegue dois e pague nenhum”
Leia, no blog do Auler, um pouco mais sobre as dolres e delícias de Teixeira no Judiciário do Rio.
Comentários