Fernando Brito: FPSO Cidade de Maricá chega ao Rio. É mais um navio-plataforma para o pré-sal de Lula

30 de junho de 2015 | 19:14 Autor: Fernando Brito
marica
Este navio que você vê aí na foto, na solenidade de partida do porto de Guanzou, na China, no final de abril, está entrando amanhã ou depois na Baía da Guanabara.
Vai receber aqui – fabricados no Brasil – os módulos (na outra metade da foto) que o transformarão num navio plataforma com capacidade para retirar e processar 150 mil barris diários de petróleo do fundo do mar: o FPSO Cidade de Maricá, que vai operar no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos

A montagem, como antes foi a do “Cidade de Ilhabela”, destinado ao pré-sal de Sapinhoá, vai começar a ser feita imediatamente no Estaleiro Brasa, em Níterói, onde estão prontas as torres que reúnem filtros, compressores, separadores, geradores de energia e tanques de processamento de óleo e gás que o  aguardam, prontas, em terra.
E rápido, até dezembro, porque em outubro chega outro casco igual, o FPSO Cidade de Saquarema, para a mesma integração de módulos de produção.
É isso que se espera da Petrobras, agora: que concentre os investimentos em tirar o petróleo que já achou e que dá e sobra para que a empresa supere as dificuldades que lhe criaram os “ladrões de carreira”, as irresponsabilidades que marcaram e marcam o processo (que deveria ser de apuração, não de paralisação do setor) e a exploração política.
A discussão sobre se ela tem ou não capacidade financeira de cumprir a participação em novos investimentos exploratórios, além dos que estão em andamento, seria bizantina, já que temos um horizonte já definido de exploração mais que suficiente para os próximos anos. Não há razão, com a demanda interna atendida e os preços baixos do petróleo no mundo, para “correr” com novas concessões.
Ah, e como carioca que viu a ascensão e queda de nossa indústria naval e que não se cansa de olhar a atividade naval renascendo aqui, um motivo especial de orgulho. Quando o Saquarema chegar, pela primeira vez teremos quatro navios plataformas sendo montados na Baía da Guanabara: ele, o Maricá, a P-74 e a P-77, estas no Estaleiro Inhaúma, o antigo Ishikawagima dos tempos de JK.

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