Fernando Brito: Como se cria o clima da o ‘habeas-corpus” impetrado por um palhaço provocador

25 de junho de 2015 | 20:42 Autor: Fernando Brito
circo
habeas corpus impetrado pelo provocador Marcelo Ramos Thomaz é só mais uma metástase do câncer que consome o sistema de comunicação brasileiro.
O desembargador a quem a pataquada foi parar às mãos sequer negou ohabeas corpus, em seu mérito , mas recusou que o pedido tivesse seguimento, porque lhe faltavam, é obvio, bases fáticas.
Mas o o noticiário faz exatamente aquilo que o Desembargador disse se prestar a esdrúxula iniciativa: “expor e prejudicar Lula”.

O que torna os jornais e  grandes sites cúmplices de um imbecil que agiu por vaidade, desequilíbrio  ou por dinheiro.
“Ah, mas era um fato e fatos têm de ter o destaque que merecem”.
É?
Qual seria o destaque se um ilustre desconhecido impetrar um habeas corpus em favor de José Serra ou Geraldo Alckmin no caso do escândalo Alstom-Siemens?
Zero.
A notícia só serve para açular, mas os jornais se espalham e a espalham.
Claro, sem mencionar que a única “aventura jurídica” bem sucedida do sujeito foi obter um habeas corpus para Diogo Mainardi, por prescrição de pena. Aliás, devidamente comemorada na Veja por Reinaldo Azevedoque hoje, ao falar da “vida pregressa” do palerma “esquece” este solitário laurel jurídico de sua carreira de exibicionista.
A imprensa brasileira é, assim, mais irresponsável que o tal Thomaz, o palhaço, porque lhe arma o circo.
E não sozinha, com a colaboração de policiais, promotores e juízes que vivem de espetáculos.

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