DW: Casamento gay é legalizado nos EUA

Suprema Corte determina que todos os estados do país devem reconhecer e formalizar as uniões entre pessoas do mesmo sexo. Decisão apertada é recebida com festa por homossexuais e ativistas.
A Suprema Corte dos Estados Unidos determinou nesta sexta-feira (26/06) que o casamento homossexual é um direito em todos os estados do país. Numa decisão apertada de cinco votos a favor e quatro contra, a mais alta corte do país afirmou que a Constituição exige que todos os estados reconheçam e formalizem o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A decisão histórica era um dos anúncios mais aguardados em décadas e foi recebida com festa por ativistas dos direitos dos homossexuais que se concentraram junto ao edifício da Suprema Corte, em Washington. "Nós vamos recordar este dia para o resto de nossas vidas", afirmou o movimento It Gets Better Project, uma organização em prol dos direitos dos gays, num e-mail aos seus adeptos.
Festa ao lado da Suprema Corte, em Washington
O presidente Barack Obama elogiou a decisão, que é uma vitória para a Casa Branca. "Hoje é um grande passo na nossa marcha em direção à igualdade. Casais gays e lésbicos têm agora o direito de se casar como qualquer outra pessoa", escreveu Obama no Twitter. No Facebook, a foto do perfil da Casa Branca foi alterada e inclui as cores do arco-íris, símbolo do movimento dos direitos dos homossexuais.
O caso havia sido levado à Suprema Corte por 14 casais do mesmo sexo que haviam desafiado a proibição, na prática, ao casamento gay em Michigan, Kentucky, Ohio e Tennessee. Esses quatro estados insistiam, em suas respectivas constituições, que o casamento só pode ser a união entre um homem e uma mulher.
O juiz Anthony Kennedy, um conservador, escrevendo em nome do tribunal, afirmou que pessoas homossexuais que pretendem se casar esperam "não ser condenadas a viver na solidão, excluídas de uma das instituições mais antigas da civilização. Elas pedem igual dignidade aos olhos da lei. A Constituição concede-lhes esse direito".
Excluir os casais homossexuais do casamento, ele disse, nega a eles a constelação de benefícios que os estados têm ligado ao casamento. Kennedy foi acompanhado no seu voto pelos quatro juízes mais liberais da corte.
AS/afp/rtr/lusa

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