Washington encara manter o Emirado Islâmico após a assinatura de acordo com o Irão

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Interrogada pela PBS, a embaixatriz dos E.U. na Onu, Samantha Power, declarou:
«A convicção íntima do presidente (Barack) Obama é que não é possível lidar de maneira duradoura com o problema do Emirado Islâmico enquanto o problema Assad não tiver sido resolvido».
E prosseguiu :

«Uma das razões pelas quais os combatentes terroristas estrangeiros afluem à Síria é que eles querem combater Assad, que eles vêem dedicar-se a ataques com barris de explosivos e de cloro. Não se podemos separar estas duas coisas».
Além de ser a primeira vez que os Estados Unidos condicionam assim a sua acção na «guerra ao terrorismo», estas declarações são infundadas e ilógicas. De facto:
O uso de «barris de explosivos» e de cloro não faz nenhum sentido do ponto de vista militar por parte de um exército bem equipado pela Rússia, como o Exército Árabe Sírio. Estas acusações, aliás, só são sustentadas pelos aliados dos E.U. e foram descartadas por todos os outros.
Acima de tudo, o Emirado Islâmico está presente, é certo, na Síria, mas principalmente no Iraque e, incidentalmente, na Líbia. A que propósito vem o pretexto do presidente al-Assad para os combates do Iraque e da Líbia?
As declarações de S. Power mostram, claramente, que em caso de assinatura do acordo entre Washington e Teerão, a 30 de junho, Washington pretende conservar na manga a carta do Emirado Islâmico, para poder continuar a agir na região sem ter que dar explicações pela sua actuação.
Tradução
Alva

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