PHA: Levy não se gripou. Ele perdeu !

O Levy se acha … insubstituível !


Napoleão derrotou as tropas austro-monetárias e globo-húngaras em Austerlitz

Já imaginaram Eisenhower ficar gripado na véspera do desembarque na Normandia ?

Ou Napoleão na véspera de Austerlitz ?

Levy não ficou gripado.

Levy perdeu a batalha.

Ele não queria o impostos sobre os bancos.

E teve que engolir.


Ele não quer o imposto sobre fortunas e a Dilma já deu a entender que quer, assim como o PCdoB da Jandirado Flavio Dino, e do Piketty, o mais importante economista em atividade (fora, é claro, a Urubóloga !).

Levy provavelmente queria cortar mais.

Queria mais, mais sangue.

E a Dilma não quis.

E quem manda é a Dilma !

A Dilma é que foi eleita pelo povo.

Economista de banco manda em Governo do PSDB.

Levy provavelmente devia achar que a Dilma dependia da credibilidade e da biografia funcional dele tanto quanto o Lula, no início, dependeu do Henrique Meirelles.

Ele deve se achar o Milton Friedman de Osasco !

Engano do Levy.

É bem provável que, hoje, dentro do Palácio e do Governo, Levy esteja isolado.

A essa altura do campeonato, o fiador do Brasil na banca internacional, nas agências de risco, no FMI, em Davos e nessas cavernas que os economistas de bancos não é ele, mas a Dilma.

É o Brasil !

Esse Brazilzão que vai construir uma alternativa ao Canal (americano) do Panamá.

Que vai colher 202 milhões de toneladas de grãos !

E que tem um Ministro do Planejamento igualmente sério, consistente, e rigoroso, austero, como o Nelson Barbosa.

Só que o Nelson Barbosa demonstrou olhar para o Brasil de uma outra perspectiva do Levy.

Não só porque pensa no “social” tanto quanto no ajuste.

Mas, porque não pensa pela luneta do Consenso de Washington.

E todos esses “ajusteiros” dizem, todos a mesma coisa, desde que os bancos formularam o “Consenso de Washington” para impor a teologia neolibelês (ver no ABC do C Af) aos países quebrados na crise da divida dos anos 80..

Desde os Chicago Boys do Pinochet – os pioneiros do neolibelismo – desde então eles todos dizem a mesma coisa, com variações e atualizações semânticas.

Mas, lá no fundo, no ventre, é a mesma privataria que o neto do Fernando Henrique começa a conhecer.

Barbosa entrou em campo no dia da decisão.

E anunciou o “ajuste” que a Casa Grande pensava que era do Levy.

Até a Urubóloga elogiou.

Se soubesse da verdadeira “gripe” do Levy talvez não tivesse elogiado.

Levy poderia até estar resfriado.

Mas, Eisenhower não ficaria.

Nem Napoleão !

E quem vai ao vento perde o assento.


Paulo Henrique Amorim

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