Hassan Nasrallah, do Hezbollah, exige imediato fim da invasão ao Iêmen
5/5/2015, Discurso de Hassan Nasrallah – PressTV, Teerã
“Hezbollah chief urges end to Saudi invasion of Yemen”
Excerto traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
A seguir vídeo integral do discurso, legendado em inglês:
“Hezbollah chief urges end to Saudi invasion of Yemen”
Excerto traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
A seguir vídeo integral do discurso, legendado em inglês:
O Secretário-Geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, movimento da resistência no Líbano, exigiu o fim imediato da invasão militar conduzida pelos sauditas contra o Iêmen, insistindo que o objetivo do reino é alcançar total controle sobre o país vizinho.
“Se o Iêmen sai do controle pela Arábia Saudita, sai também do controle pelos EUA. E como os EUA admitirão perder o controle sobre o Iêmen?” – perguntou Sayed Hassan Nasrallah na 2ª-feira (4/5/2015) à noite, em entrevista à rede al-Ekhbariya da televisão síria, enfatizando que o regime saudita e alguns de seus aliados regionais e ocidentais fracassaram e não conseguiram coisa alguma com a mortal campanha de bombardeio contra o mais pobre dos países árabes.
Nasrallah disse também que Riad tem de pôr fim imediatamente à agressão militar, e deixar que os grupos iemenitas iniciam um diálogo político, sob supervisão internacional. Sua Eminência afirmou que a monarquia apoiada pelos EUA no Golfo Persa fatalmente será derrotada, porque a população iemenita já está cada dia mais declaradamente contra o regime de Al Saud.
O Secretário-Geral do Hezbollah lembrou que os sauditas já manifestaram apoio aos terroristas da al-Qaeda e do ISIL – que ameaçam a própria existência da Arábia Saudita.
Em defesa do engajamento do Hezbollah na Síria
Sobre o engajamento do Hezbollah na vizinha Síria, Nasrallah outra vez defendeu que o movimento permaneça envolvido no país vizinho, repetindo que a política de neutralidade nos conflitos regionais, promovida pelos que o criticam, não passa de “uma grande mentira”.
“A política libanesa de dissociar-se [de conflitos regionais] é uma grande mentira” – disse ele – “O contrabando de armas e pessoas através da fronteira libanesa é prova disso”.
“Se o Iêmen sai do controle pela Arábia Saudita, sai também do controle pelos EUA. E como os EUA admitirão perder o controle sobre o Iêmen?” – perguntou Sayed Hassan Nasrallah na 2ª-feira (4/5/2015) à noite, em entrevista à rede al-Ekhbariya da televisão síria, enfatizando que o regime saudita e alguns de seus aliados regionais e ocidentais fracassaram e não conseguiram coisa alguma com a mortal campanha de bombardeio contra o mais pobre dos países árabes.
Nasrallah disse também que Riad tem de pôr fim imediatamente à agressão militar, e deixar que os grupos iemenitas iniciam um diálogo político, sob supervisão internacional. Sua Eminência afirmou que a monarquia apoiada pelos EUA no Golfo Persa fatalmente será derrotada, porque a população iemenita já está cada dia mais declaradamente contra o regime de Al Saud.
O Secretário-Geral do Hezbollah lembrou que os sauditas já manifestaram apoio aos terroristas da al-Qaeda e do ISIL – que ameaçam a própria existência da Arábia Saudita.
Em defesa do engajamento do Hezbollah na Síria
Sobre o engajamento do Hezbollah na vizinha Síria, Nasrallah outra vez defendeu que o movimento permaneça envolvido no país vizinho, repetindo que a política de neutralidade nos conflitos regionais, promovida pelos que o criticam, não passa de “uma grande mentira”.
“A política libanesa de dissociar-se [de conflitos regionais] é uma grande mentira” – disse ele – “O contrabando de armas e pessoas através da fronteira libanesa é prova disso”.
Caminhão bombardeado pela aviação saudita em 5/4/2015 |
Reagindo aos que criticam o Hezbollah, que falam e escrevem a soldo de forças estrangeiras e acusam o movimento de desestabilizar o Líbano, com sua ação na Síria, Nasrallah repetiu que “a Síria foi atacada por um esquema estrangeiro comandado por governos como o saudita, do Qatar e turco, porque a Síria mantém-se como país independente”.
Enfatizou que a razão chave para o engajamento do Hezbollah na Síria desde o início de 2013 é o fato de que a Síria “é dos poucos países independentes em nossa região.” Reiterou a importância de Damasco como grande potência regional, independente de qualquer influência externa. E disse que o envolvimento do Hezbollah na Síria é esforço para impedir a intervenção no país, por qualquer outro governo árabe ou ocidental.
O papel do Hezbollah na Síria é determinado por Damasco
Sobre o papel dos combatentes do Hezbollah na Síria, Nasrallah destacou que as forças do movimento deslocadas para o país vizinho estão estacionadas em áreas nas quais “são necessárias” e segundo suas capacidades. “Estaremos em todos os pontos onde precisem de nós” – disse ele.
Ressaltou também que “A decisão sobre a presença do Hezbollah é integralmente determinada – política e militarmente – pela liderança síria”.
Por exemplo, Nasrallah explicou, os combatentes do Hezbollah são necessários na região Qalamoun, que é área que tem importância para o Líbano e também para a Síria.
Combatentes do Hezbollah conduzem os esquifes de companheiros mortos na luta contra terroristas do ISIL na Síria, em cerimônia funeral dia 18/3/2015, em Beirute, Líbano |
Observou que o Qalamoun da Síria é conectado ao Líbano pelo Vale do Bekaa, o que facilita o trânsito de mercenários, bens e armas, não só para o Líbano mas também de volta para áreas sírias, como os arredores de Damasco.
O Secretário-Geral do Hezbollah destacou também que a crise síria foi sequestrada por grupos takfiri [que se declaram únicos praticantes do islamismo e exconjuram todos os demais] extremistas como a al-Qaeda, os quais, disse Nasrallah, há muito tempo tentam ganhar controle sobre a Síria, como também sobre o Iêmen.
Para Nasrallah, “o presidente Bashar al-Assad da Síria estava pronto e interessado em atender as justas demandas da população” – mas a interferência de grupos extremistas mudou a situação.
Nasrallah também reiterou que grupos takfiri como o ISIL e a Frente al-Nusra já estão todos incorporados sob a bandeira dos terroristas da al-Qaeda, e não há diferença alguma entre uns e outros.
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