EUA autorizam Shell a perfurar no Ártico
O governo norte-americano deu luz verde às prospeções de petróleo no Ártico. A Shell vai perfurar seis poços no mar de Chukchi, no Alasca.
Cinco anos após o terrível acidente do Golfo do México na plataforma Deepwater Horizon, que vazou milhões de barris de petróleo no mar e matou 11 pessoas, a administração norte-americana aprovou o pedido da Shell para voltar a perfurar no Ártico, numa zona considerada das mais perigosas do mundo para as prospeções de petróleo e sem meios de socorro que possam chegar em tempo útil em caso de acidente grave.
Segundo o New York Times, o posto da Guarda Costeira mais próximo da zona prevista de exploração está a mais de 1600 quilómetros de distância. O mar de Chukchi é conhecido pelas grandes tempestades, águas geladas e ondas gigantes e ao mesmo tempo fica na rota de migração de baleias e morsas.
"A Shell já tinha sido autorizada a perfurar no Ártico em 2012, mas ao fim de um ano não foi capaz de cumprir as condições de segurança. Na altura, a administração da Shell reconheceu que não estava preparada para enfrentar os problemas que encontrou, como o de ver a plataforma Kulluk ser evacuada e ficar à deriva nos mares agitados do Ártico."
A associação ambientalista Greenpeace, que já promoveu um bloqueio no Pacífico quando a plataforma petrolífera foi rebocada para Seattle, criticou a administração Obama por ter “dado luz verde à Shell para iniciar a prospeção no Ártico apesar de o governo dos Estados Unidos admitir que há uma probabilidade de 75% de um derrame de petróleo no mar de Chukchi se a produção arrancar”, afirmou Laura Kenyon, citada pela Euronews.
A agência Bloomberg cita um estudo do US Geological Survey que estima haver no Ártico cerca de 24 mil milhões de barris de petróleo. A Shell já tinha sido autorizada a perfurar no Ártico em 2012, mas ao fim de um ano não foi capaz de cumprir as condições de segurança. Na altura, a administração da Shell reconheceu que não estava preparada para enfrentar os problemas que encontrou, como o de ver a plataforma Kulluk ser evacuada e ficar à deriva nos mares agitados do Ártico.
A autorização para a Shell perfurar o mar de Chukchi está dependente da concessão de licenças de segurança e ambientais, e está limitada aos meses de verão e a uma profundidade inferior a 50 metros.
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