ONU teme morte de 700 migrantes em nova tragédia no Mediterrâneo

Migrantes em embarcação no Mediterrâneo

Por Leda Letra Fonte:Rádio ONU
Para o diretor-executivo do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, a possibilidade de 700 migrantes terem morrido afogados no Mar Mediterrâneo é uma "notícia terrível".

No encerramento do Congresso da ONU sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal, em Doha, capital do Catar, Yury Fedotov, comentou a tragédia ocorrida este domingo.

Determinação

Para Fedotov, não pode haver exemplo mais relevante sobre o objetivo do congresso do que as centenas de homens, de mulheres e de crianças que podem ter morrido ao sul da ilha de Lampedusa.
Para o diretor do Unodc, esse tipo de tragédia deve servir para "reforçar a determinação em garantir a implementação da Declaração de Doha, em nome das vítimas de crimes.

Busca e Resgate

Fedotov lembrou ainda a importância de se combater os traficantes, que se "alimentam do desespero" desses migrantes. Segundo agências de notícias, a embarcação estava levando quase 700 pessoas e afundou em águas líbias.
As operações de busca e de resgate seguem por este domingo e mais de 20 corpos teriam sido encontrados.
No último dia do congresso internacional, o diretor do Unodc destacou que o documento adotado no encontro, a Declaração de Doha, busca "reforçar a prevenção do crime e dos sistemas judiciários", reforçando o compromisso e a vontade política dos Estados-membros em implementar políticas e estratégias neste sentido.
O próximo Congresso da ONU sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal será em 2020, no Japão.

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