Kiko Nogueira: Ateus são mais inteligentes do que religiosos?
Uma pesquisa Datafolha de 2013 cravou: para 85% dos entrevistados, acreditar em Deus torna as pessoas melhores.
Você, ateu, está sozinho. Você é minoria. Você tem problemas. Mas, como tudo na vida, há uma compensação: você é mais inteligente.
Pelo menos de acordo com uma compilação de 63 estudos científicos, que remontam ao longo de décadas, que concluiu que pessoas religiosas são menos inteligentes que as descrentes.
O estudo, conduzido pela Universidade de Rochester (EUA) revelou que, mesmo na infância, quanto mais inteligente for uma criança, mais ela tenderá a se afastar da religião. E, na velhice, gente com inteligência acima da média é menos propensa a ter alguma crença.
O levantamento começou em 1921 e vai até os dias de hoje. Por inteligência, os pesquisadores definiram a “capacidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender idéias complexas, aprender rapidamente e aprender com a experiência”.
Os QIs mais baixos estariam em países pobres como Camarões, Congo, Etiópia, Moçambique, Serra Leoa, Gâmbia, Senegal, Zimbabue, Haiti e Libéria.
Segundo os autores, “pessoas inteligentes tendem a adotar um estilo de pensamento analítico (em oposição a intuitivo), que serviria para minar as crenças religiosas”.
O que isso tudo quer dizer?
Nada.
O fato de alguém ser mais ou menos inteligente não contribui para a verdade ou a falsidade de qualquer coisa. Deus existe por que um gênio do tamanho de Aristóteles disse que existia?
Esta é uma época em que é fácil associar religião com estupidez, especialmente no Brasil — vide, por aqui, os pastores Malafaia, Feliciano et caterva. A apresentadora Oprah Winfrey afirmou há dias que só aquele que crê pode experimentar “a maravilha, o assombro e o mistério do mundo”. Do mundo de Oprah, ao menos.
Ser ateu continua sendo uma escolha moral. E existem idiotas de todos os lados.
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