DW: Obama pede retirada de Cuba da lista do terrorismo

Presidente americano comunica intenção ao Congresso, que terá 45 dias para analisar o assunto. Medida é o mais importante passo no processo de restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana.
O presidente dos EUA, Barack Obama, comunicou nesta terça-feira (14/04) ao Congresso americano que pretende retirar Cuba da lista de Estados que apoiam o terrorismo. A medida era a principal exigência de Havana nas negociações para o pleno restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.

O Congresso terá agora 45 dias para analisar a decisão de Obama e, em caso de desacordo, poderá apresentar um projeto de lei para tratar de revogar a medida do presidente. Existe, porém, resistências dos republicanos. A decisão ocorre apenas três dias depois de sua histórica reunião com o presidente de Cuba, Raúl Castro, durante a 7ª Cúpula das Américas, no Panamá.
Em sua mensagem ao Congresso, Obama certifica que o governo de Cuba "não tem proporcionado nenhum apoio ao terrorismo internacional durante os últimos seis meses" e que existem "garantias de que não respaldará atos de terrorismo internacional no futuro". Obama tomou a decisão depois de receber uma recomendação de seu secretário de Estado, John Kerry.
Cuba integrava a lista desde 1982 juntamente com Irã, Sudão e Síria. O país foi incluído na lista por apoiar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Washington e Havana anunciaram em 17 de dezembro de 2014 um acordo para retomar as relações diplomáticas rompidas desde 1961 e negociam desde final de janeiro a reabertura de embaixadas.
FC/dpa/rtr/afp/ap/efe

Comentários