Argentina luta contra petrolíferas ilegais perto das Malvinas

Ilhas Malvinas
Sputnik News - 21/04/2015
Nesta terça-feira, após a chegada da presidente Cristina Fernández de Kirchner a Moscou para uma visita de três dias, o governo argentino apresentará uma demanda judicial contra até cinco empresas petrolíferas estrangeiras que operam nas imediações das ilhas Malvinas.

A acusação apresentada nesta terça será examinada pela juíza federal de Rio Grande, Lilian Herráez. A investigação pode terminar em detenções internacionais de diretores, gerentes, sindicalistas e representantes das empresas.
Trata-se de várias empresas britânicas e estadunidenses, entre as quais a Falkland Oil and Gas Limited, a Noble Energy, a Edison International, a Rockhopper Exploration e a Premier Oil.
Segundo a acusação, estas empresas têm realizado atividades ilegais de extração de hidrocarbonetos na região.
As ilhas Malvinas (chamadas de Falkland Islands na tradição inglesa) são objeto de litígio territorial entre a Argentina e o Reino Unido. No entanto, a presença britânica no arquipêlago, mesmo disfarçada de pacífica, permanece bélica. Edgardo Form, deputado no Parlamento da Cidade Autônoma de Buenos Aires pelo partido Frente Nuevo Encuentro, contatado pela Sputnik Mundo, diz o seguinte:
"Sob o pretexto de uma tentativa armada argentina de recuperar este território, usurpado pela Inglaterra em 1833, o Reino Unido está reforçando a sua presença militar neste ponto do planeta, em sintonia com a estratégia da OTAN, liderada pela América do Norte".
Existem vários casos na história mundial recente que confirma que a presença de petróleo em um ponto determinado do mundo pode ser o pretexto de intervenção estrangeira de países que se consideram desenvolvidos.
Presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner chega a Moscou em 21 de abril de 2015
Presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner chega a Moscou em 21 de abril de 2015
De acordo com Form, o caso das Malvinas mostra bem o militarismo britânico e estadunidense. No entanto, esses países pretendem impedir a Argentina de comprar armas que este país precisa para a modernização das suas forças armadas, "principalmente defensivas".
O deputado Form espera que a Argentina se torne membro dos BRICS, grupo internacional informal que pretende criar no seu seio uma infraestrutura econômica e financeira mundial alternativa. O processo pode demorar, mas "em matéria de relações internacionais sempre tem de se ter paciência e perseverança".


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