Rússia questiona duplo padrão dos EUA em relação a Ucrânia e Iêmen

O ministro russo das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, nesta quinta-feira (27), instou a comunidade internacional a agir antes da formação de um possível ultranacionalismo na Ucrânia, além de expressar a sua preocupação com a situação no Iêmen.    


Serguei Lavrov, chanceler da Rússia
 

 Serguei Lavrov, chanceler da Rússia    
O ministro, em uma coletiva de imprensa na Guatemala, após a reunião com os seus colegas centro-americanos, pediu aos países da região para que não participem no plano ocidental das sanções contra a Rússia e alertou para a existência de sentimentos ultranacionalistas dentro do governo ucraniano.

"Exigimos que sejam tomadas medidas para evitar a conversão da Ucrânia em um estado nacionalista que não corresponde de modo algum com as normas europeias existentes", disse Lavrov.

Em seu discurso, ele lamentou a falta de uma reconciliação nacional, tanto na Ucrânia como no Iêmen e considerou como um obstáculo para acabar com a crise nos dois territórios.



“Nós nunca quisemos o que tem ocorrido na Ucrânia ou no Iêmen, em ambos os casos, temos um longo caminho a percorrer para se aproximar da reconciliação nacional", disse.

Além disso, o ministro do Exterior russo advertiu sobre as tentativas de explorar o "confronto entre sunitas e xiitas" no Iêmen e chamou-as de "muito perigosas".

Neste contexto, ele também criticou os "padrões duplos" da Casa Branca ao prestar apoio ao fugitivo presidente do Iêmen, Abdu Rabu Mansour Hadi, e não respeitar, ao mesmo tempo, o presidente deposto na Ucrânia Viktor Yanukovych.

O Iêmen tem assistido a uma grande mudança em seu sistema político: a facção majoritária, liderada pelo movimento popular Ansarolá, concordou, no último dia 6 de fevereiro, com a criação de um Conselho Presidencial para acabar com o vácuo de poder no país e elaborar, no prazo de dois anos, a realização de eleições presidenciais e parlamentares.

No entanto, no início da quinta-feira (26), uma coalizão de 10 países, liderados pela Arábia Saudita lançou uma ofensiva contra o Iêmen, no qual, de acordo com o Ministério da Saúde iemenita, pelo menos 25 civis, a maioria mulheres e crianças, foram mortos.

Fonte: HispanTV


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