Miguel do Rosário: Traumann pede demissão! Dilma, é sua chance!


Thomas-Traumann

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Quarta-feira, 25 de março de 2015 às 16:41
Dilma Rousseff aceita pedido de demissão do ministro Thomas Traumann
A presidenta Dilma Rousseff aceitou hoje (25), pedido de demissão do ministro da secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann.
Em nota divulgada pela secretaria de Imprensa da Presidência da República, Dilma agradeceu a competência, dedicação e lealdade de Traumann no período como ministro e porta-voz.
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Não vou falar mal do Traumann, mas também não vou falar bem.
Ele era um tipo “gente boa”, que cultivava boas relações pessoais com todos, mas que não fez efetivamente nada de substancial para mudar o quadro de derrotas diárias de 7 X 1 que vive o governo em relação à mídia.
Não atuava como porta-voz. Não participava do debate. Não se expunha. Não se arriscava.

Agora torcemos para que Dilma não demore tanto para escolher o novo ministro da Secom como tem demorado para encontrar um novo ministro do STF. Aliás, a mesma coisa vale para o ministério da Educação.
O governo tem de entender que a escolha do ministro, o seu nome, é um gesto de comunicação, um dos mais poderosos.
Não sou muito católico, mas a gravidade do momento pede um pouco de misticismo.
Que Deus ilumine a presidenta a encontrar um nome forte, de alguém com coragem para enfrentar a mãe de todas as batalhas, a comunicação.
Alguém que participe do debate, que seja também um porta-voz da presidenta, que faça diferente, que se arrisque.
Que não tenha medo da mídia!
Que o mérito para a função não seja apenas ser amiguinho dos jornalistas da grande mídia.
A importância do novo ministro da Secom ganha importância especial a partir do momento em que correm boatos de que o governo entregará o ministério da comunicação ao PMDB.
Lembrando sempre que a comunicação é a base da política, porque faz a ponte entre governo e congresso, entre governo e sociedade, entre governo e imprensa.
Um bom ministro da Secom vai ajudar o governo a lidar com o Congresso Nacional.
Dilma precisa reconstruir os estragos feitos pelos sucessivos tiros no pé que deu desde o ínicio do novo mandato, a começar pela total indiferença com que tratou seu próprio eleitorado.
Com a desculpa de que “é presidente de todos”, acabou não sendo presidente de ninguém. Seu eleitorado se sentiu traído, e o eleitorado do adversário se sentiu vencedor e foi às ruas exigir sua saída.

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