Manifestações dos Trabalhadores contra vendilhões do pré-sal foram espetaculares.
Foram espetaculares, e não é só pelo tamanho, que foi grande em diversas cidades, mas porque teve a cara do povo, com toda a diversidade que somos, e pela vibração ativista que não víamos desde a campanha eleitoral.
As cidades do Nordeste deram um show, mas das outras regiões também. Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Rio, tiveram adesão expressiva. No Rio, debaixo de chuva. São Paulo foi uma multidão de 41 mil pessoas segundo o Datafolha (que não é tão confiável assim), e também sob chuva. Até cidades que não são capitais como Vilhena (RO) e Uberlândia (MG) fizeram bonito.
Até o portal G1 cobriu o dia inteiro, enquanto no twitter bombava a hashtag "GloboGolpista".
O Jornal Nacional não teve como esconder, apesar de tentar a toda diminuir o público e desqualificar o ativismo, dizendo que pessoas foram de ônibus fretados, como se isso não fosse o meio de transporte válido para de trabalhadores do campo ou que moram longe, e que queriam ir. Não teve como esconder também a pauta da reforma política, contra o financiamento empresarial de campanha que elege corruptos, a defesa da Petrobras e a defesa da presidenta Dilma contra as tentativas golpistas.
Mas o Jornal Nacional escondeu um refrão que bombou: "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo". E escondeu também a luta por mais direitos populares.
Aécio Neves fugiu do Jornal Nacional
No fim a fala que estava sob medida para Aécio Neves dizer no Jornal Nacional foi lida por Álvaro Dias, pagando o mico de dizer que as manifestações haviam "fracassado" quando as imagens mostraram o contrário. Ficou claro que se tivesse ido pouca gente, seria Aécio quem falaria. Como foi muita e assustou os tucanos, Aécio e Aloysio Nunes se esconderam embaixo da cama, e escalaram Álvaro Dias para pagar o mico.
O "outro lado" ouvido pelo JN foi o ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante. Chutou um penalti para fora, ao não falar o essencial que precisa cair na boca do povo: "O povo quer a reforma política com o fim do financiamento empresarial de campanha".
Paneleiros não encheram nem uma Kombi
Paneleiros não encheram nem uma Kombi
Apesar dos coxinhas paneleiros terem marcado uma manifestação em São Paulo anti-Dilma no mesmo lugar para depois que a passeata da CUT saísse dali, eles não arrumaram briga. Também nem dava, né. Mal enchiam uma kombi, contra dezenas de milhares de trabalhadores.
Mesmo depois que a CUT saiu em passeata pela Avenida Paulista e os paneleiros ficaram sozinhos em frente ao prédio da Petrobras, só juntaram, no máximo umas 50 pessoas, com caminhão de trio elétrico e ainda pegando o horário que o pessoal saía do trabalho. Um vexame.
Ah... Esse pessoal é tão bizarro, que chegam a ser cômicos involuntariamente. A faixa principal no trio elétrico era em inglês, com direito a Brasil com Z: "We want our Brazil back. Out Dilma" (Nós queremos nosso Brasil de volta. Fora Dilma).
Deve ser para mostrar serviço aos chefes gringos, né? Quem sabe os abutres de olho grande no pré-sal não soltam uns dólares? Tem uma outra ONG aí que tá mamando de barões do petróleo estrangeiros.
Por: Zé Augusto - no blog Os Amigos do Presidente Lula
Comentários