JN sofre "impítima" do telespectador #GloboInimigaDoBrasil

"Ibope do Jornal Nacional derrete e marca 20 pontos", deu na coluna de Ricardo Feltrin.
Um “terremoto” ocorreu na redação da Globo na noite de segunda-feira. O “Jornal Nacional” registrou uma das mais baixas médias de audiência em dias úteis, segundo dados prévios obtidos pelo UOL.
.
A média de audiência esta noite foi de 20 pontos, que é equivalente ao índice do telejornal global em um sábado de feriado prolongado.
(...)
Dez anos atrás a média do “JN” era de 35,8 pontos na Grande São Paulo...
A coluna atribui como causa provável a queda na audiência das novelas que vem antes e depois do telejornal.


Pode ser um dos motivos, mas acho que o buraco é bem mais embaixo.

Além de parcial e partidário, o JN se tornou chatíssimo, maçante, depressivo, jabaculeiro e inútil.

O JN consegue ser mais chato do que o horário eleitoral gratuito do DEM e do PSDB. Aliás se confunde com o próprio horário eleitoral destes partidos.

Depressivo



É depressivo porque quem consegue assistir um JN inteiro fica com um clima sombrio de fim de mundo. Não sei como a Sadia tem coragem de associar sua marca ao telejornal (o Bradesco caiu fora). Eu já nem consigo comprar mais nada da Sadia, pois só de olhar para a marca na embalagem e lembrar do JN dá azia e indigestão.

Não sei vocês, mas eu ao olhar os alimentos da Sadia no supermercado, em vez despertarem a ideia de sabor e de saudável que levariam ao desejo de compra, lembro do JN associado à marca e me traz à mente urubu, o clima sombrio de decadência, poluição, contaminação, corrupção, sonegação e tudo quanto é desgraça. Vade retro. Perdeu um cliente.

Maçante

O JN é maçante porque há um ano repete a mesma notícia sem parar: Lava jato, lava jato e lava jato. Ninguém aguenta mais só falar disto.

E mesmo com essa overdose de Lava jato, o noticiário é tão ruim que quem só se informa pelo JN continua mal informado, pois as notícias são dadas pela metade, tendenciosas, manipuladas, fora de contexto e blinda "os queridinhos da Globo" Aécio Neves, FHC, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e os suiçaleiros do HSBC.

Jabaculeiro


É jabaculeiro porque fica incluindo no meio do noticiário merchandising (propaganda comercial) de eventos co-produzidos pela Globo, como festivais de rock, que nada tem a ver com interesse público geral.

Inútil

O JN tornou-se inútil, primeiro porque se você busca informação de verdade achará antes e melhor se buscar na internet. Segundo porque pergunte a qualquer telespectador: - O que você viu de útil no JN no último ano para sua vida? Quase todo mundo responderá "nada".

O JN se tornou tão inútil que não serve nem para saber o resultado da mega-sena. Não informa.

Um bom telejornal deve mostrar a vida como ela é, mostrando as notícias ruins, catástrofes, mas também deve mostrar algumas notícias boas que representam avanços para a nação e para a prosperidade na vida das pessoas. O JN tem forte desequilíbrio para mostrar muito mais as ruins.

A inauguração da ferrovia Norte-Sul foi escondida. Os recordes de produção da Petrobras no pré-sal nunca são mostrados. O número de universitários brasileiros ter dobrado nunca é notícia, nem o aumento do número de crianças em escola de tempo integral.

A prosperidade do povo mais pobre é escondida. A redução das desigualdades sociais, raciais e regionais são censuradas. O progresso no Nordeste é escondido na Globo. A visão da Globo é a voz dos donos bilionários do Rio, da FIESP e dos banqueiros da FEBRABAN.

Quando há números ou fatos bons na economia, o apresentador Bonner lê batido em menos de 30 segundos. Nenhuma entrevista com Ministro da Fazenda, nem com presidente do Banco Central.

Quando há números ruins, entrevista "especialistas", líderes da oposição e até "gente do povo", todos, é claro, escolhidos a dedo na edição para carregar nas tintas.

Os tais 20 pontos no Ibope ainda está no lucro.

O próprio reconhecimento de que o telespectador deixou a tv ligada na Globo apenas à espera da novela, mostra que o JN não atrai audiência por si mesmo.

Mesmo quem deixa a tv ligada no JN, boa parte não presta atenção. Aproveita para ir ao banheiro ou assaltar a geladeira, para acessar as redes sociais ou ler notícias mais verdadeiras no celular, tablet ou computador.

Se o Ibope fizesse uma pesquisa domiciliar após o JN, nas casas em que a tv estava sintonizada na Globo, e perguntassem o que viram no telejornal, tenho a impressão de que muita gente diria não se lembrar.

Inclusive, esse desinteresse do próprio telespectador explica a necessidade de fazer campanhas no noticiário longas e maçantes como a feita contra a Petrobras. Antigamente, sair uma notícia no JN bastava para cair na boca do povo. Hoje precisa ficar repetindo todo dia

Por: Zé Augusto - do blog Os Amigos do Presidente Lula

Comentários