Fernando Brito: Be-a-Bá publicitário para o Governo Federal

Fernando Brito
ponte
Se o Governo Federal não fosse tão duro de cintura, ontem tinha sido um dia para fazer “sossegar as panelas” de boa parte da classe média aqui no Rio.
Explico: foi feito, de manhã,o novo leilão de concessão da Ponte Rio-Niterói, por onde passam, diariamente, 150 mil veículos.Contando os ônibus, devem ser algo como meio milhão de pessoas de fluxo por dia.

O resultado é que o preço do pedágio deve cair para R$ 3,70 a partir de 1º de junho, dos atuais R$ 5,20. 30 % a menos.
Mas tem mais: o novo concessionário tem a obrigação de fazer uma alça de ligação de decesso entre a Ponte e a Linha Vermelha, eliminando os congestionamentos registrados na saída para a Avenida Brasil, a Avenida Portuária (uma variante para tráfego de veículos pesados) e uma passagem subterrânea para reduzir os engarrafamentos nos acessos pelo lado de Niterói.
Agora, prezado leitor e estimada leitora, teve um anúncio de noite na televisão – que já podia estar pronto, faltando acertar apenas locução e arte com o novo valor do pedágio?
Um coisa bacana e simples de fazer, mostrando a ponte, o pedágio, as novas alças e passagens em computação gráfica?
Não.
E duvido muito que, mesmo atrasado, esteja sendo feito algo, embora os projetos sejam de 2011 e agora contratados como obrigação do concessionário.
Sem querer ensinar padre-nosso a vigário, a melhor e mais eficiente publicidade é a que aponta benefícios.
Aqui, um, concreto,  que é evidente e sensível para quase meio milhão de pessoas, todos os dias.
Inclusive, quando consegue levantar o traseiro da cadeira, escrevendo, este cidadão aqui.
Que, de lá da ponte, há dez dias, viu a entrada do “navio clandestino” da Petrobras que vai ajudar a tirar para o povo brasileiro o petróleo do pré-sal, assim, bem “na moita”, porque é “feio” mostrar os fatos positivos, não é?
Esperar que a mídia, por sua conta, mostre, é esperar sentado.

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