Eduardo Guimarães: Tudo igual a 1964; só faltam os EUA. Ou não faltam?

Posted by  on 11/03/15 • Categorized as Documentário

golpe

Vejamos se esqueci alguma coisa.
1 – O que mais se fala hoje, no Brasil, é em depor uma presidente da República reeleita há pouco mais de quatro meses.
2 – As ruas são tomadas por grupos que, aos milhares, pedem que essa deposição do governo seja feita via golpe militar.

3 – A grande imprensa divulga diariamente, e em destaque, textos opinativos pregando a deposição da presidente, ainda que por manobra no Congresso e apesar de não haver acusação formal alguma contra ela.
4 – A imprensa divulga em grande destaque a manifestação que tem, entre os seus, milhares de pessoas que pregam golpe militar
5 – Nas ruas, militantes de dois grupos antagônicos envolvem-se em choques violentos, ainda que restritos a pequenos grupos.
6 – Campanhas milionárias pela deposição do governo são vistas e ninguém sabe exatamente como foram financiadas.
7 – Nas ruas, pessoas que usem roupas identificadas com um determinado grupo político sofrem insultos e agressões físicas.
8 – Como em tantas vezes na história brasileira, a desculpa para depor o governo é a “corrupção” – contudo, investigações só foram possíveis porque o governo que supostamente roubou, nomeou pessoas com autoridade para investigá-lo que não hesitaram em fazê-lo.
9 – A campanha contra uma presidente acusada (sem provas) de corrupção debocha dela até em sua compleição física e a insulta cotidianamente valendo-se de nomes impublicáveis, lembrando os ataques debochados contra Jango Goulart e até contra sua família.
10 – O preenchimento deste espaço é de livre provimento pelo leitor.
O décimo tópico da lista acima é o que falta para que a situação política hoje no Brasil seja praticamente idêntica à que vigia em 1964, quando o Brasil foi sequestrado e assim permaneceu por 21 anos.
De acordo com vídeo que anda circulando na internet, porém, nem isso falta.
O vídeo que você assistirá a seguir reproduz com imagens artigo atribuído a Frederick William Engdahl, economista, escritor e jornalista americano que discute temas de geopolítica econômica e de energia há mais de três décadas. Engdahl contribui regularmente para várias publicações, incluindo Nikon Keizai Shimbun, a revista Foresight, Investor.com de Grant, Banker Europeu e Negócios Banker International e da revista italiana Eurasia estudos geopolíticos. Ele já participou de muitas conferências internacionais sobre a geopolítica, economia e energia.
Esse vídeo faz um resumo do que aconteceu na política brasileira ao longo dos últimos dois anos e insere na equação o décimo tópico da lista acima. Teoria conspiratória ou fato? Em 13 minutos de atenção, você terá elementos para decidir.
(Por F. William Engdahl na Revista americana NEO)
Vídeo e narração: Cibele Laura
Texto: publicado no “NEO – New Eastern Outlook”. Escrito por F. William Engdahl, norte-americano, engenheiro e jurisprudente (Princeton, EUA-1966), pós-graduado em economia comparativa (Estocolmo, Suécia-1969). Artigo transcrito no “Patria Latina” com tradução de Renato Guimarães.
Adaptação para o vídeo: Cibele Laura

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