Duque quebra silêncio e nega contato de sua mulher com Lula
Criado em 19/03/15 14h16 e atualizado em 19/03/15 14h20
Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil
Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque voltou a quebrar, há pouco, o silêncio que disse que manteria em seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, para negar que sua esposa tenha tido contato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No início da sessão, ele disse que permaneceria calado, mas respondeu a duas perguntas formuladas pelo deputado Izalci (PSDB-DF). Antes, ele já havia rompido o silêncio para dizer que não conhece o doleiro Alberto Youssef, que o acusou, em delação premiada, de receber propinas de empresas contratadas pela estatal.
Citando uma publicação do site da revista Veja, segundo a qual, após a prisão do ex-diretor da Petrobras, a esposa dele entrou em desespero e, não podendo mais recorrer ao ex-ministro José Dirceu, procurou o tesoureiro do Instituto Lula, Paulo Okamoto, amigo do ex-presidente, para que interviesse em favor de Duque. Izalci perguntou, então, a Duque se a mulher dele teve contato com o ex-presidente. “Minha esposa nunca esteve com o presidente Lula, nem com Okamoto. Não conhece, nem nunca conheceu”, retrucou Duque, negando a veracidade das informações.
Ao responder à primeira pergunta formulada por Izalci, se a sua esposa tem parentesco com o ex-chefe da Casa Civil, Duque, que a cada pergunta repetia a expressão “calo-me por direito” ou variantes, contrariou a orientação de seus advogados e negou aos membros do colegiado a existência de qualquer tipo de parentesco.
“Tem determinadas perguntas que não tem mínima questão e vou responder: basta olhar a árvore genealógica de um e de outro e ver que não tem nenhum parentesco, nem da minha esposa, nem meu”, respondeu Duque, que foi apontado por alguns deputados como apadrinhado de Dirceu na estatal.
“Tem determinadas perguntas que não tem mínima questão e vou responder: basta olhar a árvore genealógica de um e de outro e ver que não tem nenhum parentesco, nem da minha esposa, nem meu”, respondeu Duque, que foi apontado por alguns deputados como apadrinhado de Dirceu na estatal.
Duque também quebrou o silêncio ao ser confundido pelo deputado Altineu Cortês (PR-RJ) com o ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco, “Não me confunda com o Barusco”, corrigiu o ex-diretor da Petrobras. Ele disse ainda que considera “ameaça” o fato de parlamentares terem levantado a possibilidade de convocar sua esposa para depor na comissão. “Essa CPI não ameaça, convoca”, rebateu o deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS).
Os membros da CPI informaram que vão propor uma acareação entre Duque e o ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco. Segundo os parlamentares, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que é cogitado para depor na comissão, também poderá participar da acareação.
Editor Nádia Franco
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