Como ganhar dinheiro público do PT esculhambando o PT

Autor: Fernando Brito
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O Miguel do Rosário escreveu aí embaixo sobre o post do coleguinha Cláudio Tognolli sobre os “blogueiros sujos  (que, recebendo dinheiro público) mamam nas tetas do PT, para poder terem o nível de vida pequeno burguês com o qual sempre sonharam”.
Miguel tomou as dores de Josué de Castro, uma glória deste país, tratado como um cão pelo despeito do coleguinha que incorporou o “caboclo” Reinaldo Azevedo.

Eu,  – apesar de não ser glória de coisa alguma  – como não vou ter quem tome minhas dores, tomo-as, eu próprio.
E pergunto ao coleguinha: o Tijolaço está na sua conta de “blogs sujos” ?
Porque eu não recebo publicidade do Governo Federal, e seu blog, Tognolli, recebe, como pode ser constatado na reprodução de sua página que posto acima. Não corra a tirar, porque isso é feio e a página está gravada, por favor.
É óbvio que não estou acusando Tognolli de ser corrupto ou de estar recebendo publicidade por trambique.
Apenas de estar sendo desmentido por sua própria página na Internet, que revela que a publicidade oficial é dada aos blogs detratores do governo. Até mais do que aos defensores.
Se Tognolli quiser sustentar o que diz, basta fazer o seguinte: peça a este blog que mostre sua arrecadação, de onde vem e os contratos de publicidade que tem.
A minha declaração de renda, já para facilitar, está aqui.   No total, pouco mais de R$  77 mil reais, por ano, dos quais R$ 56 mil provenientes dos rendimentos do blog, outros R$ 21 mil de frilas que fiz para empresas privadas e que foram pagos à pessoa jurídica do blog e repassados a mim, com o correspondente desconto dos impostos.
Aliás, também posso disponibilizar os recibos dos pagamentos dos impostos sobre as contribuições de leitores, que faço questão de recolher, contra a opinião do contador e até de uma amiga, auditora fiscal  – sem conta na Suíça –  , imposto que nem seria devido.
Dá menos de R$ 6.500 por mês, Tognolli. E está claro que não vivi com isso, nem foi o suficiente para pagar escola, psicóloga e pensão do meu  filho menor. Comi as gorduras poupadas em uma vida austera, Tognolli.
Eu lembro da campanha presidencial de 1989, quando era assessor de Leonel Brizola e, por conta da contratação de Carlos Brickman para a campanha de Paulo Maluf, se não me engano por R$ 50 mil por mês, então, a Folha resolveu fazer uma “reportagem” sobre as fortunas ganhas por assessores de imprensa dos “presidenciáveis”.
A missão porca foi delegada, no Rio, a um homem de bem, o competentíssimo repórter Neri Victor, de quem tenho muitas saudades.
Ele, sem jeito, veio falar comigo e não tive dúvidas: Neri, a hora em que quiser, com uma única condição: que seja dentro da minha casa.
Neri, para meu grande prazer de recebê-lo, foi ao modesto apartamento com sala em “cachimbinho” da Rua Vicente de Souza,número 11, em Botafogo. Alugado, por certo, porque só tempos depois pude comprar um terreno – longe – e construir uma casa.
Na mão, viu, Tognolli, porque não sei se você sabe como se “traça” um concreto, e se sabe o que é três por um, quatro por um ou cinco por um.
Vai gramar 40 km de viagem e um provável engarrafamento na Ponte Rio-Niterói, mas aqui tem uma praça que é o maná dos céus para meu filho pequeno e vale o esforço.
Mas faça-me a visita e, por favor, explique-me como eu não ganho um tostão do governo para defendê-lo de gente que se entregou |à direita, como você, e seu blog tem patrocínios do Governo, como reproduzo abaixo, para dizer que ele corrompe jornalistas.
E olha que o Tijolaço tem uma visitação que você, quem sabe, esteja desejando, mesmo abrigado num gigante como o Yahoo. Também reproduzo, para que você verifique se falo a verdade.
Venha, Tognolli e, com o perdão do Miguel do Rosário, ainda te sirvo um cafezinho.
Sabe, desde que seja sem as grosserias da pistola ou da espada, ainda é bom que certas coisas sejam resolvidas em duelos.
A pena ( isso quer dizer escrita, para facilitar o entendimento) e a fatos, neste caso.
E com toda a gentileza que me faz um cavalheiro suburbano, sempre, jamais confundir opinião com aquisição de ideias.
Sabe, Tognolli, ganhei muito mais podendo escrever o que escrevi  neste post do que você pode imaginar que você aponta ser o caminho para “enriquecer no capitalismo”: “Ganha-se muito dinheiro da viúva falando mal do dinheiro”.
Mas estou precisado, viu? O IPTU está atrasado.
Quem sabe você não me explica como conseguir publicidade do Governo Federal?
Ou isto é “montagem”?

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