Richa vai torrar R$ 15 milhões em propaganda no mês de abril. A crise só vale para os funcionários públicos?

O mercado publicitário comemora a crise no governo Beto Richa (PSDB), pois quatro agências que atendem o tucano – Opus Múltipla, CCZ, G/Pac e Master– foram chamadas esta semana para uma conversa no Palácio Iguaçu.
Richa quer torrar mais R$ 15 milhões em uma concorrência publicitária para melhorar a imagem arranhada com as greves. A proposta que provar ser possível “vender o inferno” vai abocanhar a verba.

A previsão é de que as peças publicitárias sejam veiculadas na velha mídia no início de abril. Elas destacariam as “melhorias” ocorridas na educação, os investimentos do governo do estado em infraestrutura e o diálogo com a iniciativa privada.
O governador Beto Richa faz um discurso descolado da realidade, pois, se por um lado fala em crise, de outro torra dinheiro do contribuinte. Vide o caso da “farra dos jetons”, onde os secretários têm ‘supersalários’ e os auxílios-moradia de quase R$ 5 mil são distribuídos fartamente até para conselheiros do Tribunal Faz de Conta (TCE).
Mas para a educação e o funcionalismo em geral não tem dinheiro. Richa faz chantagem ao condicionar o não sucateamento dos serviços públicos ao confisco de R$ 8 bilhões da poupança previdenciária que pertence aos próprios servidores.
Nunca é demais recordar que os educadores estão em greve há 18 dias e que outras categorias do serviço público, como Detran, Justiça e Agricultura, universidades, caminhoneiros que lutam contra o pedágio mais caro do mundo, por exemplo, também permanecem paralisadas.
Agora a pergunta que não quer calar: o gasto com propaganda é essencial ou se trata de mais uma provocação do governador Carlos Alberto Richa, como diz o deputado Tadeu Veneri (PT)?
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