Para especialista, erros de gestão do governo levam a atrasos na expansão do Metrô

Pesquisador afirma que projeto da Linha 4 existe desde 1968, mas só começou a sair do papel na década de 1990 e, atualmente, sofre sucessivos atrasos e paralisações por má gestão
por Redação RBA publicado 26/02/2015 10:47, última modificação 26/02/2015 11:29
REPRODUÇÃO/TVT
fradique
Licitada em 2011, segunda fase da expansão da Linha 4 emperra e apenas estação Fradique Coutinho foi entregue
São Paulo – Para o professor de planejamento urbano Marcos Kiyoto, que pesquisa projetos de instalação de linhas e estações do Metrô, os constantes atrasos em planejamento e contratos com valores subestimados são algumas das causas dos problemas na obras de expansão da Linha 4-amarela, e podem trazer prejuízos aos cofres públicos.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não decidiu se vai cancelar o contrato com o consórcio responsável pelas obras. A segunda fase da Linha 4-amarela foi licitada em 2011, e vencida pelo consórcio Isolux/Corsán Corviam, mas apenas a estação Fradique Coutinho foi entregue, em novembro do ano passado. Ainda estão em obras as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.

Segundo o Metrô de São Paulo, para vencer a licitação o consórcio ofereceu um desconto de 42% no preço sugerido. "Se o preço ficou muito baixo e não está pagando a obra, o erro foi na hora da contratação, em aceitar aquela proposta. Deveria ter um outro critério, que não só esse", explica o professor. Ele lembra que a intenção de levar o Metrô para Pinheiros consta em um plano de mobilidade de 1968, mas os primeiros passos para a construção da Linha 4-amarela foram dados só na década de 1990.
"Por que a primeira fase foi contratada em 2004, e não em 94? Por que o contrato da segunda fase foi feito só em 2011? Tudo isso, são decisões políticas difíceis de entender e quem sempre sai perdendo com atraso de obras é a população", questiona Kyioto.
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