O que propõem os Partidos "Antiausteridade" europeus quando o assunto é a Dívida Pública?

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Os partidos Syriza e Podemos organizaram um debate com a participação de Eric Toussaint do CADTM (Comitê para la Anulação da Dívidas do Terceiro Mundo) sobre a questão da dívida pública. Além dos líderes do Syriza, Georgios Katrougalos, e do Podemos, Ignacio Alvarez, o Bloco de Esquerda português também marcou presença com o economista Francisco Louçã. 
Infelizmente o artigo compartilhado aqui ainda não foi traduzido no site do CADTM e só está em francês. Nele fica evidenciado o entendimento destes partidos em relação à dívida pública e quais medidas tomar para superá-las. Resumindo:
- Eric Toussaint do CADTM enfatiza a importância da AUDITORIA e alerta sobre o risco de usar o termo "reestruturação" que, segundo ele, coloca os credores em posição vantajosa. Toussaint afirma que a experiência de maior sucesso, em termos de renegociação da dívida, ocorreu no Equador em 2007/08, quando o Governo de Rafael Corrêa fez uma auditoria integral das dívidas públicas equatorianas antes de negociar com os credores.
- O representante do BE, Francisco Louçã, insiste em "reestruturação e renegociação" a fim de melhorar as condições de pagamento, reduzindo juros e aumentando o prazo de pagamento.
- O representante do Podemos, Ignacio Alvarez, acha fundamental a auditoria, mas considera que se deve renegociar a dívida mesmo se a auditoria não tiver concluída. Para ele, a auditoria é mais importante enquanto instrumento de politização e sensibilização e o termo "reestruturação" permite dialogar com uma parcela muito maior da população.
- O representante do Syriza, Georgios Katrougalos, é favorável a uma conferência internacional para perdoar boa parte da dívida grega (e de todos os países), como aconteceu nos anos 50, quando a Alemanha foi perdoada de sua dívida, tendo a Grécia como um dos principais credores à época. Além disso, afirmou que 90% da dívida grega está sob controle de credores públicos e, portanto, sob influência do Clube de Paris.
- Na conclusão do debate, Eric Youssaint reforçou a necessidade de uma auditoria da dívida, citando uma resolução do Parlamento Europeu (n ° 472/2013), de 21 de maio de 2013, segundo a qual:
"Um Estado membro quando engajado em um programa de ajuste macroeconômico [deve] realizar uma auditoria integral de suas finanças públicas afim, notadamente, de avaliar as razões que acarretaram o acúmulo excessivo de endividamento bem como de desvendar toda eventual irregularidade". |1|

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

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