União Europeia volta a ameaçar novas sanções contra a Rússia

Os chefes de Estados dos 28 países membros da União Europeia (UE) recomendaram, nesta terça-feira (27), a seus ministros de Relações Exteriores considerar a aplicação de mais sanções contra a Rússia por sua posição na crise ucraniana.


colagem Voz da Rússia
  
O comunicado dos dirigentes da UE foi divulgado depois das acusações do presidente russo, Vladimir Putin, contra o governo golpista instalado em Kiev em fevereiro do ano passado, de ser responsável pelo reinício das hostilidades no sudeste ucraniano.

Putin considerou que o governo do milionário presidente Petro Poroshenko se utilizou da trégua, acordada no dia 5 de setembro em Minsk, somente para reagrupar forças a fim de lançar uma nova ofensiva nas regiões de Donetsk e Lugansk.



A declaração dos chefes de Estado ou de Governo do bloco comunitário solicita que seus chanceleres analisem em uma reunião extraordinária, convocada para a próxima quinta-feira (29), a possibilidade de estender as restrições impostas a Moscou desde março de 2014.

Em particular, o comunicado condena o ataque à cidade portuária ucraniana de Mariupol, no sábado (24), com saldo de cerca de 30 mortos, quase todos civis.

Fontes do governo autônomo de Donetsk denunciaram que na realidade se tratava de uma provocação das forças armadas ucranianas para justificar uma nova ofensiva contra a população insurgida no sudeste.

A UE demandou o cumprimento dos acordos de Minsk por parte da Rússia, a qual por sua vez denuncia a violação desses acordos a todo momento pelo governo ultradireitista de Kiev, que recentemente conclamou a mobilização de cerca de 200 mil pessoas para reforçar o exército.

Cerca de cinco mil pessoas, em sua grande maioria civis, morreram no meio das operações militares, às vezes com uso de armas proibidas, lançadas desde abril de 2014 pelo exército regular ucraniano contra Donetsk e Lugansk.

A UE mantém sanções contra a Rússia, como a proibição do acesso ao mercado de capitais europeu e a seu sistema bancário, bem como à compra de armamentos e à exportação ao estado euro-asiático de tecnologia de duplo uso, entre outras.

O Kremlin negou-se a reconhecer o governo golpista ucraniano, apoiou a soberania e reingresso de Crimeia à Federação da Rússia, bem como à causa da população insurgida no sudeste ucraniano, enquanto envia para ali comboios de ajuda humanitária.

Mais de um milhão de pessoas viram-se obrigadas a abandonar suas moradias em Donetsk e Lugansk, cujas cidades foram submetidas a intensos bombardeios pela aviação de combate ucraniana.


Fonte: Prensa Latina


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