Suplicy quer ouvir todos os segmentos na Secretaria de Direitos Humanos

O ex-senador confirmou, ao GGN, que seu nome é um indicativo para fortalecer a imagem do prefeito no nicho conservador paulistano
Jornal GGN - O ex-senador e novo cotado para a Secretaria de Direitos Humanos da prefeitura de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT) disse, em entrevista ao GGN, que tentará atender a todos os setores na sua nova gestão na pasta.

Suplicy ainda não se reuniu com o então secretário Rogério Sottilli, para definir as estratégias e diretrizes da Secretaria. O encontro está marcado para esta quarta-feira (21), pela manhã. Ainda assim, anunciou que se esforçará para não excluir nenhum segmento na sua atuação.
“A questão dos migrantes, da Cracolândia, dos direitos de igualdade racial, dos direitos de toda a pessoa, não importa a origem, raça, sexo, idade e situação econômica, a questão relativa aos moradores de rua, o diálogo com eles. Hoje o Padre Júlio Lancellotti me ligou, eu falei que vou ouvi-lo com atenção...”, contou Suplicy.
Durante a entrevista, também manifestou seu entusiasmo com a indicação. “Eu fiquei muito honrado com o convite do prefeito Fernando Haddad, tenho muita afinidade com ele, desde os tempos como economista, interagíamos”, disse, confirmando que seu nome para o quadro político de Haddad também é um indicativo para fortalecer a imagem do prefeito no nicho conservador paulistano, tendo em vista a candidatura à reeleição em 2016.
Se a nível nacional as declarações de Marta Suplicy interferiram, ao afirmar estar descontente e criticar a sigla, a nível local, Eduardo Suplicy sugere que tentará combater a onda de negativismo e, nessa linha, acredita no seu papel ao lado de Haddad.
“Numa organização que hoje tem mais de 1 milhão e 700 mil filiados é natural, é próprio do ser humano que, às vezes, alguns cometam erros e desvios de procedimentos. Nós precisamos estar muito atentos para prevenir e corrigir esses erros que acabaram prejudicando a imagem do partido, mas eu acho que isso [assumir Secretaria] será importante, para poder ajudar”, disse.
Eduardo Suplicy é o terceiro nome de renovação dos quadros da prefeitura de São Paulo. Além dele, na última semana, Haddad entregou a Secretaria da Educação a Gabriel Chalita (PMDB) e o vereador Nabil Bonduki (PT) assumiu a Cultura. A nomeação de Chalita, antigo adversário, foi vista como uma tentativa de articulação partidária para a candidatura de Haddad a reeleição em 2016.
O ex-senador Eduardo Suplicy também afirmou que dará atenção especial a temas da ditadura, uma das principais marcas de Rogério Sotilli frente à Secretaria, e que se pautará no modelo de integração entre as diferentes esferas e organizações – governo federal, Ministério Público, Comissão da Verdade, etc – para dar sequência aos trabalhos do então secretário.

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