Protesto em funeral aumenta tensão entre prefeito e policiais de Nova York


Por Jonathan Allen
NOVA YORK (Reuters) - O comissário de polícia de Nova York pediu aos membros da força presentes ao funeral de um oficial morto no mês passado que evitem o ato de desrespeito visto no funeral de seu parceiro, quando milhares de policiais viraram as costas para o prefeito.
"Funeral de um herói é de ato de luto, não de protesto", escreveu o comissário Bill Bratton em memorando a ser lido neste fim de semana, no velório para Wenjian Liu, tido como primeiro a polícia chinesa-americano morto ao cumprir o dever na cidade.
O funeral de seu parceiro, Rafael Ramos, foi um dos maiores na história do departamento, com mais de 20 mil funcionários em todo o país enchendo as ruas ao redor da igreja.
Quando de Blasio começou seu pronunciamento, muitos policiais uniformizados viraram as costas para monitores de televisão, num gesto de desdém para o prefeito liberal seguindo suas críticas ao comportamento de policiais.
"Nos últimos dias, a consciência da cidade e do país tem se concentrado num ato de desrespeito", disse Bratton, que já havia chamado a ação de inadequada.
Liu, de 32 anos, e Ramos, 40, foram mortos a tiros em 20 de dezembro em sua viatura, no Brooklyn. Seu assassino, Ismaaiyl Brinsley, que se matou logo depois, tinha dito que estava se vingando d as mortes de dois homens negros desarmados nas mãos de policiais brancos.
A morte de Liu e Ramos desgastou ainda mais as relações entre os militantes e De Blasio, que prometeu acabar com a forma de abordagem da polícia de Nova York, quando ele concorreu para prefeito em 2013.
O prefeito, que tem um filho com uma mulher negra, também ofereceu apoio qualificado para a onda de protestos desencadeada em 2014 por mortes dos homens negros em Nova York e Missouri.

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