Ministro espanhol diz que 600 jihadistas retornaram à Europa

Ministro do Interior espanhol afirma que, dos 3 mil europeus que saíram para zonas de conflito, sobretudo no Iraque e na Síria, 600 retornaram à Europa e podem realizar atentados a qualquer momento.
O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, afirmou nesta sexta-feira (09/01) que cerca de 3 mil europeus saíram para zonas de conflito, principalmente no Iraque e na Síria, para combater em nome da Jihad Islâmica, e 600 deles já regressaram ao continente.

"Centenas estão neste momento pela Europa, e podem agir a qualquer momento, como atores solitários ou integrados em células ou grupos com pouca estrutura, e realizar atentados tão trágicos como o que vimos nesta quarta-feira em Paris", disse o ministro em entrevista à emissora Telecinco.
Segundo Díaz, 80% dos europeus que se juntaram ao terrorismo jihadista se uniram ao "Estado Islâmico" (EI) no Iraque e na Síria. Muitos outros aderiram a ramificações da Al Qaeda.
Na Espanha, cerca de 70 cidadãos teriam partido para as zonas de conflito. Dez deles já estariam de volta ao país, metade na prisão na Espanha e no Marrocos, afirma o ministro.
As declarações foram dadas no mesmo dia em que o Ministério do Interior espanhol divulgou que em 2014 foram detidos 43 supostos terroristas islâmicos no país. Mas, segundo o ministro, um só deles já representa "um risco potencial".
Díaz participará do encontro internacional antiterrorismo convocado pela França no próximo domingo, em reação ao ataque ao semanário parisiense Charlie Hebdo. "Se compartilhamos a ameaça, devemos compartilhar também os mecanismos de resposta", afirma Díaz.
LPF/lusa

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