Greve na Volkswagen chega ao fim após acordo para readmitir 800 funcionários
EFE | SÃO PAULO
Os trabalhadores da Volkswagen que estavam em greve há 10 dias decidiram nesta sexta-feira suspender a medida de força depois que a empresa reverteu a demissão de 800 empregados de sua fábrica em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.
Uma porta-voz do Sindicato de Metalúrgicos do ABC indicou à Agência Efe que a atividade da Unidade Anchieta da Volkswagen será retomada na próxima segunda-feira.
Fuuncionários da Volkswagen seguem em greve. EFE/Sebastião Moreira
A empresa confirmou o acordo mediante um comunicado.
A decisão de suspender a greve da qual participaram 13 mil trabalhadores foi tomada depois do acordo entre a empresa e o sindicato e foi aprovada por unanimidade em uma assembleia realizada pelos trabalhadores.
"É uma vitória dos trabalhadores da Volks, que conquistam a reversão de 800 demissões", destacou o sindicato em sua página de internet.
Segundo a porta-voz sindical, a empresa retrocedeu na decisão das 800 demissões que tinham sido notificados no início de janeiro e os empregados voltarão a trabalhar na segunda-feira.
Também foi fechado um acordo para um plano de trabalho até 2019 e a um ajuste salarial já pactuado entre 2016 e 2019, completou a fonte.
No entanto, a empresa, em comunicado enviado à Efe, não fala das 800 demissões, mas sim sustentou que "vê com satisfação a aprovação de um novo acordo coletivo com seus empregados".
"O resultado do acordo contempla a continuidade dos mecanismos de adequação do pessoal por meios de programas de aposentadoria voluntária com incentivo financeiro e reduzir a contratação temporária de terceiras empresas para usar nesses postos aos empregados", apontou a nota da empresa.
A Volkswagen anunciou também que o acordo "assegura a chegada de uma nova plataforma mundial de produto e modelos, solidificando uma base sustentável para a Unidade Anchieta".
O caso da Unidade Anchieta da Volkswagen tinha sido tomado como exemplo da desaceleração do setor automotor brasileiro em 2014, ano no qual foram cortados 12,4 mil postos de trabalho, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Comentários