União Europeia (UE) “exige” que a Rússia resgate UE & Ucrânia

A União Europeia seria um bando de 
cretinos não fossem apenas ridículos

-- Estou feliz como um GREGO!
O FMI diz que a Ucrânia estará em bancarrota “dentro de semanas” e precisa de mais US$15 bilhões para a guerra contra o leste do país; a UE ameaça a Rússia com mais sanções, se a Rússia deixar falir a Ucrânia; a UE perderá bilhões na Ucrânia, se a Rússia não “resgatar” o país.

Detalhes em UE Observer (ing.) e em DW (al.).

E aqui a história por trás do palco que levou a isso tudo:

Mark Adomanis da revista Forbes é o analista mais honesto e mais claro no ocidente sobre a situação financeira da Ucrânia, embora faça incansável propaganda contra a Rússia, como todos os demais “jornalistas” pagos pela aristocracia ocidental (e têm de continuar a fazer, para não perderem o emprego).

Mark Adomanis
Dia 14/4/2014, Adomanis escreveu que,

(...) quando comprou US$ 3 bilhões em bônus [do governo da Ucrânia] no final de 2013, a Rússia inseriu uma cláusula no contrato de compra que estipula que o volume total da dívida garantida pelo estado ucraniano não pode exceder 60% do respectivo PIB anual. Se esse limite for ultrapassado, a Rússia pode, legalmente, exigir recompra dos bônus, em curto prazo. Dados o estado miserável da economia ucraniana e suas finanças extremamente frágeis, essa cláusula significa hoje que, se a dívida da Ucrânia exceder 60% do respectivo PIB, a Rússia pode legalmente forçar o país a declarar calote-falência [orig. legally force it to default].

A dívida externa da Ucrânia, de fato, já ultrapassou todos os limites, dos US$ 60 bilhões e outros, por causa de uma exigência que o que o FMI impôs para fazer seu repasse de US$ 17 bilhões do dia 1/5/2014, a saber: que a Ucrânia eliminasse ou esmagasse, fosse como fosse o povo na  área da Ucrânia onde 90% dos eleitores elegeram o presidente ucraniano pró-Rússia que Obama derrubou dia 22 de fevereiro de 2014.

A manchete da rede CNBC para o “evento”, dia 1º de maio de 2014, um dia antes de que os bandidos pró-governo massacrassem os resistentes, e assim iniciassem o programa para exterminar os residentes daquela região, foi: IMF Warns Ucrânia on Bailout if It Loses East” [“FMI alerta Ucrânia de que não será resgatada se perder o leste”].

O significado desse “alerta” é simples (mas, impressionantemente, jamais “noticiado” nem “analisado” pelos “especialistas”!):

Reservas de "shale" gas (fracking) na Ucrânia 
(clique na imagem para aumentar)
– sem os campos de gás e outros ativos vendáveis do leste, o governo da Ucrânia estará sem patrimônio suficiente para liquidar – “privatizar” como dizem os “especialistas” – e não terá como reunir dinheiro suficiente para pagar o empréstimo feito pelo FMI, de US$ 17 bilhões, à Ucrânia. Nesse caso, os contribuintes de EUA e Europa teriam de absorver o prejuízo; “portanto”, o governo ucraniano tem “obrigação” de prosseguir e exterminar qualquer oposição ativa no leste, se quiser continuar a receber a “ajuda” do FMI.

Aos aristocratas interessam o solo e o subsolo, não as populações. Populações são estorvo.

Aquele dinheiro foi emprestado pelo FMI à Ucrânia exclusivamente para ser repassado a empresas ocidentais (sobretudo para o Big Petróleo, Big Agronegócio [Big Ag] e BigComplexo Industrial Militar), para que comprassem patrimônio na Ucrânia e patrimônio daUcrânia, o que caracteriza também ocupação real do país. Bom exemplo-demonstração de tudo isso é que residentes nas áreas hoje sob bombardeio do ocidente estavam organizados e ativos contra o fracking e contra a instalação ali de uma base de mísseis da OTAN.

Além disso, a própria União Europeia emprestou mais meio bilhão de euros ao governo da Ucrânia, dia 10/12, a juros de 1,375%, muito abaixo dos juros de mercado, por 15 anos. É dinheiro dos contribuintes europeus, que está sendo posto no lixo (a taxa de juro nem faz qualquer diferença porque nada, nem o principal nem os juros do “empréstimo” será algum dia pago).

Jornalismo "ocidental" 
EUA e Europa estão investindo pesadamente nessa campanha de extermínio, mas quem paga são os cidadãos contribuintes; a aristocracia, beneficiária direta do “processo” nada investe e, portanto, não precisa preocupar-se com perder dinheiro, porque não está perdendo dinheiro seu [nessa guerra pró privataria, só se torra dinheiro e patrimônio público].

Disso, precisamente, é que trata a campanha para demonizar o presidente Putin da Rússia [e, no Brasil, para demonizar os governos Lula-Dilma (NTs)]: é esforço para jogar sobre Putin a culpa pelo assalto ao dinheiro público dos cidadãos europeus e norte-americanos que seus respectivos governos supostos “democráticos” estão jogando na fornalha sem fim da Ucrânia, para matar ucranianos. A aristocracia ocidental quer destruir a Ucrânia e quer que a culpa de tudo, naquele amontoado de escombros a que a Ucrânia está sendo reduzida recaia sobre a Rússia.


Agora, então, tudo é culpa da Rússia. A Rússia está sendo culpada não só por apoiar as populações ucranianas que o “ocidente” deseja exterminar: os propagandistas pró-aristocracias ocidentais já começam a culpar a Rússia também por não “salvar” os contribuintes ocidentais! Aqueles contribuintes ocidentais que terão de arcar com os prejuízos em todos os casos, ainda que alguns especuladores (chamados “empresários”) consigam ganhar algum, em ataques especulativos contra a Ucrânia.

Poucos são suficientemente idiotas a ponto de supor que a Rússia resgataria o ocidente depois de o ocidente ter atacado a própria Rússia e os russos étnicos na Ucrânia. Mas a campanha de propaganda para culpar a Rússia pelo agora iminente colapso econômico da Ucrânia já está em andamento.

Sanções...
As empresas-imprensa chamadas “de mídia”, “de comunicação”, “de informação” e de “notícias” não perdem audiência nem quando seus “âncoras”, “comentaristas”, “analistas”, “jornalistas” e “repórteres” dedicam-se incansavelmente a “noticiar” que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é culpado pelas centenas de milhares de ucranianos que estão fugindo para a Rússia, tentando escapar do massacre para limpeza “étnica” contra eles patrocinado pelo ocidente “democrático”.

Dia 9/12/2014, por exemplo, o The New York Times estampava a seguinte manchete “Ucranianos empurrados para os braços [abraço de urso, conforme a ilustração] de Putin”. E a matéria “informava”:

Recente relatório da ONU informa que cerca de meio milhão de ucranianos deixaram o país desde abril de 2014.

O fato de famílias terem de fugir de zona de guerra é terrível, mas não surpreende. O que realmente surpreende e perturba são os detalhes: de cerca de 454 mil pessoas que fugiram da Ucrânia até o final de outrubro de 2014, mais de 387 mil foram para a Rússia.

A maioria dos que fugiram eram falantes de russo que viviam no leste, mas mesmo assim ainda há muito a explicar: se a guerra se trava entre Ucrânia e Rússia, por que tantos ucranianos escolheriam o lado inimigo, quando precisam de ajuda?

Lev Golinkin
o repórter MENTIROSO
Na sequência, o “repórter” demonstra o quanto ele seria “independente” de Washington: nega uma declaração que o “repórter” diz que Washington teria feito, mas é coisa que NEMWashington disse, pelo menos até agora:

Mr. Putin e a mídia russa dizem que ucranianos pró-ocidente, como o governo de Mr. Poroshenko, são neonazistas. O ocidente nega e afirma que não há elementos neonazistas no governo de Kiev.

[O “repórter” mente. NEM Victoria Nuland negou que alguns “neonazistas” ajudaram a levar ao poder o novo governo ucraniano, e nenhum “repórter” ou “jornalista” jamais perguntou a ela quais são os nazistas lá incluídos naquele governo pró-ocidente. O NYT mente].

Putin e o ocidente estão ambos errados. Há neonazistas dos dois lados. O governo de Kiev e os exércitos que lutam no leste da Ucrânia incluem pequena minoria de ultranacionalistas neonazistas. Mas, para os ucranianos pró-Rússia, um só já é demais.

É tudo mentira. A verdade é que o governo de Kiev é controlado por nazistas; e as populações residentes no sudeste da Ucrânia estão fugindo para a Rússia (“caindo nos braços [de urso] de Putin”), na tentativa de escapar dos nazistas protegidos pelo ocidente.

Ilustração da "rePORCAgem" do NY Times acima
Por que há gente que ainda paga para ler esses “noticiários” distribuídos por empresas-imprensa? Todos esses “veículos” são como máquinas de repetição automática de mentiras que nunca mudam: só mentiras sobre as “armas de destruição em massa de Saddam”, o “apoio de Saddam à al-Qaeda”...

Quando começará a campanha de boicote contra as empresas-imprensa e à tal de “mídia”?!

QUANDO COMEÇARÁ A CAMPANHA PARA DEFENDER OS CONSUMIDORES QUE PAGAM PARA OBTER INFORMAÇÃO APROVEITÁVEL E SÓ RECEBEM MENTIRAS E PROPAGANDA DISTRIBUÍDAS PELOS NOTICIÁRIOS E PELO “JORNALISMO” DA IMPRENSA-EMPRESA OCIDENTAL?

Ou talvez os norte-americanos acreditam nesses mentirosos por profissão? Mas, se acreditam... Como é possível que ainda acreditem neles?! Até quando continuarão a acreditar?!





[*] Eric Zuesse é historiador, jornalista investigador e autor. Seu livro mais recente é They're Not Even Close: The Democratic vs. Republican Economic Records, 1910-2010, e CHRIST'




11/12/2-14, [*] Eric ZuesseCountercurrents
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
POSTADO POR CASTOR FILHO

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