Segredos e apoios dão tom no primeiro aniversário do acidente de Schumacher

EFE | BERLIM

A incerteza sobre a recuperação de Michael Schumacher, o secretismo em torno de seu estado e o apoio dos familiares, amigos e fãs incondicionais marcarão nesta segunda-feira o primeiro aniversário do grave acidente que sofreu o maior vencedor da história da Fórmula 1.
O heptacampeão mundial, que completará 46 anos em 3 de janeiro, permanece em sua casa em Gland (Suíça). Ele foi levado para o local em setembro após ter despertado do coma ao que foi induzido no hospital de Grenoble (França) e passado um tempo em uma clínica de reabilitação de Lausanne (Suíça).
Michael Schumacher sofreu grave acidente enquanto esquiava nos alpes franceses há um ano. EFE/Diego Azubel
Michael Schumacher sofreu grave acidente enquanto esquiava nos alpes franceses há um ano. EFE/Diego Azubel
Em sua residência, Schumacher trabalha diariamente na recuperação de suas faculdades, sensivelmente afetadas após sofrer graves lesões cranianas esquiando em Meribel, nos Alpes franceses. O processo, segundo os especialistas, pode durar vários anos e tem sucesso incerto.

Enquanto alguns médicos confiam que o ex-piloto poderá em algum momento voltar a ter uma vida normal, outros especialistas consideram que Schumacher ficará inválido.
Além de algumas especulações, em maior parte inconcretas, mas otimistas, quase não chegaram à opinião pública detalhes sobre a evolução do quadro do alemão. Tanto a família quanto a equipe médica estão guardando um estrito silêncio.
"Nunca poderei dar uma indicação séria (sobre a evolução de Schumacher). Simplesmente não é possível nesta situação", declarou a assessora do heptacampeão, Sabine Kehm.
Em setembro, Sabine comemorou em comunicado que Schumacher havia "feito progressos a despeito da gravidade de seu ferimento", mas acrescentou que ainda restava "um caminho duro e longo".
Essas são as últimas declarações divulgadas sobre a situação do alemão. Em julho, a esposa Corinna Schumacher foi ambígua ao falar do marido: "Vamos continuar lutando, certamente lentamente, mas pelo menos avançando".
O secretismo provocou um fato obscuro em agosto, quando foi roubado o relatório médico do heptacampeão e oferecido - sem sucesso - em troca de dinheiro a vários veículos de comunicação. O principal suspeito foi um membro da guarda área de salvamento suíço que se suicidou um dia após ser detido por esse motivo.
Apesar da administração da informação com conta-gotas, os fãs incondicionais de Schumacher continuam tendo muito presente o piloto que venceu 91 Grandes Prêmios de Fórmula 1, acumulou 155 pódios, 77 voltas mais rápidas e 68 pole positions.
O gigante tecnológico americano Google informou recentemente que "Schumacher" foi a palavra mais procurada na Alemanha neste ano; enquanto o Yahoo! revelou que o ex-piloto de Fórmula 1 foi o atleta mais procurado em 2014, deixando o atacante português Cristiano Ronaldo em segundo lugar.
Embora esta segunda seja o primeiro aniversário do acidente, não está previsto na Alemanha nenhum ato para lembrar a data. Em 29 de dezembro de 2013, enquanto esquiava com sua família e alguns amigos em Meribel, Schumacher sofreu uma grave queda e se chocou de cabeça contra uma pedra, o que lhe provocou um grande derrame no cérebro, mesmo usando capacete.
O piloto passou por duas cirurgias nas horas seguintes à batida e entrou em coma induzido por razões médicas. Em abril, começou a ter momentos de consciência, e em junho foi completamente acordado. Depois foi levado a uma clínica de reabilitação em Lausanne, onde permaneceu até setembro.
Em 13 de novembro, quando a primeira vitória do alemão na Fórmula 1 completou 20 anos, a família reativou sua página oficial, como resposta às incessantes mostras de afeto. O ex-piloto ainda recebeu o prêmio alemão Bambi, dado a pessoas com visão por seu sucesso e seus rendimentos.

Comentários