Guantânamo: 6 são transferidos para o Uruguai; 136 continuam presos

Nota publicada neste domingo (7) anunciou a transferência de seis prisioneiros da base militar de Guantânamo, em Cuba, para o Uruguai. Quatro são sírios, um é palestino e um é tunisiano. Informações das agências internacionais esclarecem que a maioria dos presos da base norte-americana não foi considerada culpada, nem julgada pelas suspeitas de terrorismo. 


Foto: WikiCommons
  
Os seis transferidos são: Ahmed Adnan Ahjam, Ali Hussain Shaabaan, Omar Mahmoud Faraj, Abdul Bin Mohammed Abis Ourgy e Mohammed Tahanmatan. E deverão chegar ao Uruguai na noite de segunda ou na madrugada de terça-feira. De imediato, serão levados ao Hospital Militar, mas, uma vez terminados os tratamentos médicos, não se sabe o que acontecerá com eles.

Na última sexta-feira (5), o presidente uruguaio José Pepe Mujica, que considera a base norte-americana, na ilha de Cuba, “não uma prisão e sim um ninho de sequestros”, divulgou a carta que enviou ao presidente dos Estados Unidos reiterando seu compromisso em receber os prisioneiros.



Em entrevista à imprensa uruguaia, Mujica explicou que os prisioneiros chegarão ao país sul-americano na condição de “refugiados”. No entando, Mujica afirmou que seu governo não aceitou o pedido dos EUA de que os seis detentos tivessem que permanecer dois anos no Uruguai antes de sair do país.

“No primeiro dia que quiserem ir embora, poderão”, afirmou o presidente, durante viagem ao Equador para participar da cúpula da Unasul (União das Nações Sul-Americanas). “Para mim, o mecanismo do refúgio está entre as mais nobres instituições que tornam viável a humanidade”, completou Mujica, que deixará a presidência no ano que vem para seu sucessor Tabaré Vázquez, eleito há uma semana.

Em novembro, sete libertações foram feitas. Ao todo, Guantânamo ainda possui 136 prisioneiros.

Da Redação
Com informações agências

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