TJ investiga juiz suspeito de beneficiar traficantes do PCC em Minas
Por unanimidade, o órgão especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) autorizou nessa quarta-feita (26) a abertura de investigação contra o juiz Amaury de Lima e Souza. Preso preventivamente há cinco meses, o magistrado é suspeito de receber propina em troca de decisões judiciais favoráveis a narcotraficantes ligados à organização criminosa Primeiro Comando da Capital, baseada em São Paulo. Ele foi pego pela Polícia Federal (PF).
Apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Minas, com base em denúncia anônima, a queixa-crime acusa o magistrado de receptação ilegal de armas.
Um diretor do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) é acusado de fornecer o material para o juiz.
Apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Minas, com base em denúncia anônima, a queixa-crime acusa o magistrado de receptação ilegal de armas.
Um diretor do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) é acusado de fornecer o material para o juiz.
Titular da Vara de Execuções Penais de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Amaury não só concedeu decisões favoráveis para os maiores traficantes de drogas do país como também prestou assessoria jurídica aos bandidos.
Segundo as investigações, ele era o chefe do núcleo jurídico da quadrilha desarticulada nas operações Athos e Luis XVI, da PF em Minas. Ao todo, R$ 70 milhões de em bens do bando foram bloqueados pela Justiça.
De acordo com o inquérito, Amaury orientava a advogada da quadrilha, Andréia Elizabeth, a forjar documentos. Primeiro, a defensora entrava com pedido de transferência justificando que familiares dos acusados haviam mudado de Estado. Após a transferência, o juiz conseguia atestados médicos falsificados para embasar os pedidos de conversão de regime fechado em domiciliar. Fora das grades, os bandidos desapareciam.
Um dos chefões do PCC, o megatraficante José Severino da Silva, o Cabecinha, um dos assaltantes do Banco Central em Fortaleza, em 2006, foi solto duas vezes por decisões do magistrado mineiro. Em uma ação cinematográfica, os bandidos levaram R$ 160 milhões do banco após cavarem um túnel de grandes proporções.
Na terça-feira (25), a PF voltou à carga contra a organização criminosa e prendeu em Santana do Parnaíba, em São Paulo, o braço direito de Cabecinha durante a operação Krull. Trata-se de José Almeida Santana, o Pedro Bó, que também é suspeito de participação no roubo do Banco Central. Após ser preso pelo roubo, Pedro Bó vivia em liberdade provisória.
Magistrado está preso em Contagem
Como possui foro privilegiado, o juiz Amaury de Lima e Souza está cumprindo a prisão preventiva em um Batalhão da Polícia Militar em Contagem, na Região Metropolitana de BH.
Filmado com autorização da Justiça, Amaury foi flagrado no momento em que recebeu um saco contendo R$ 600 mil em dinheiro vivo.
Uma semana depois, segundo as investigações, ele comprou um Camaro, um Hyundai HB-20 e um apartamento em Juiz de Fora. Os bens do magistrado foram bloqueados por decisão judicial. Informações do jornal Hoje em Dia
Por: Helena - no blog Os Amigos do Presidente Lula
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