Empreiteiras da Lava-Jato atuaram no cartel do Metrô de SP

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Posted by  on 15/11/14 • Categorized as Reportagem

O delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado,  estreou na tevê na edição do Jornal Nacional de sexta-feira 14, falando sobre as prisões de executivos de empreiteiras denunciadas pelo doleiro Alberto Yousseff no âmbito do acordo de delação premiada da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

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Diz a locução de Willian Bonner:
O delegado que conduz as investigações na Polícia Federal diz que há indícios consistentes de vários crimes, como formação de quadrilha, cartel, corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro
De Paula, um dia antes, tornara-se conhecido nacionalmente. Matéria do Jornal O Estado De São Paulo arrolou esse delegado como membro de um grupo de delegados que insulta Dilma Rousseff e Lula no Facebook e faz proselitismo político-partidário em favor do ex-candidato a presidente Aécio Neves.
Abaixo, trecho da matéria do Estadão sobre delegados anti-Dilma da PF
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A matéria do Jornal Nacional, além de dar voz aos autoproclamados inimigos políticos de Dilma, Lula e do PT, trata de acusar o partido de estar institucionalmente envolvido nos crimes.
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A matéria, porém, poderia ter lembrado que essas empreiteiras que tiveram seus executivos presos também estão envolvidas em outros escândalos envolvendo outros partidos, com destaque para o PSDB.
Empresas citadas na operação Lava Jato são conhecidas como “As quatro irmãs”.  São elas Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez e prestam serviços também para governos do PSDB.
A Odebrecht, entre outras, foi alvo de denúncia do Ministério Público por suspeita de formação de cartel em São Paulo para a construção da Linha 5 do Metrô.
Em 2012, o Ministério Público do Estado de São Paulo ofereceu denúncia formal à Justiça contra 14 representantes  de empresas que compõem o consórcio vencedor da licitação para a construção da Linha 5 – Lilás, do Metrô.
A denúncia foi formulada pelo promotor de Justiça Marcelo  Batlouni Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos (GEDEC).
Foram denunciados, entre outros, executivos da Construtora Norberto Odebrecht Brasil S/A, da Construtora OAS Ltda e da Construtora Queiroz Galvão S/A.
De acordo com a denúncia, os 14 envolvidos dividiram entre as empresas que representavam os contratos dos trechos de 3 a 8 da linha 5 do Metrô, direcionando a licitação da obra. Para o Ministério Público, eles sabiam previamente qual empresa seria a vencedora de cada um dos trechos em licitação porque combinaram o preço que seria apresentado por cada concorrente do grupo.
O jornal Folha de S. Paulo, naquele ano, publicou reportagem demonstrando que já se sabia, quatro meses antes do edital, quais os consórcios e empresas seriam vencedoras da licitação, registrando em cartório os nomes dos vencedores muito antes de proclamado o resultado da licitação.
Apesar de a mídia estar tentando vender ao país que a atuação criminosa dessas empresas teve início “em 2003” exclusivamente com o governo Lula, todos sabem que esse tipo de atuação corruptora de empreiteiras sempre existiu.
A diferença, hoje, após a chegada do PT ao poder, é que a corrupção praticada desde sempre por empreiteiras está sendo investigada sem tréguas.
Aliás, surpreendeu-se quem quis com as prisões de corruptores na última sexta-feira. Logo após o segundo turno das eleições deste ano, este Blog já vinha avisando que os corruptores entrariam na roda.
Dois dias após o segundo turno (28/10), esta página já explicava O que Dilma quis dizer com “Não vai ficar pedra sobre pedra”  durante entrevista que tinha acabado de conceder ao Jornal Nacional.
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Apesar da tentativa de exploração política por parte da mídia e do PSDB, é mais do que positivo que a Operação Lava Jato esteja expondo à luz do dia os métodos de empresas que cresceram e se tornaram as maiores do mundo corrompendo políticos e agentes públicos vinculados a TODOS os partidos.
Por conta disso, apesar de a mídia estar tentando vender a ideia de que essas empresas só começaram a fazer negociatas com empresas públicas ligadas ao governo do PT, o fato é que será muito difícil impedir que venham à luz negócios nebulosos dessas empreiteiras com governos de partidos de oposição como os de São Paulo e de Minas Gerais.
Vários colunistas da grande mídia estão achando que Dilma, Lula e o PT serão prejudicados por um nível de combate à corrupção que jamais existiu no país, mas estão redondamente enganados.
Este Blog afiança aos seus leitores que, nos próximos meses, sobretudo após as festas de fim de ano, a presidente da República e seu antecessor começarão a entrar para a história como os únicos governantes que abriram a caixa-preta da corrupção institucionalizada que vige neste país desde sempre. Quem viver, verá.

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