Alckmin tenta marola com falta d'água

A falta d'água em São Paulo é o retrato mais árido, literalmente, da indigência política do estado governado pelos tucanos há duas décadas.

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Antonio Lassance

Brasília - Nesta quinta-feira (20), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal promove uma tentativa de mediação do conflito interfederativo entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo sobre a crise hídrica - popularmente conhecida como falta d'água mesmo.


O pomo da discórdia é a proposta de transposição de águas do Rio Paraíba do Sul para o  finado Sistema Cantareira - algo que os mágicos da gestão do PSDB fizeram desaparecer.

A Agência Nacional de Águas (ANA), ligada ao Governo Federal, deu parecer favorável ao pleito paulista. A transposição é possível, desde que seja feita respeitando precauções ambientais e mediante consenso dos dois estados.

Embora a crise hídrica seja o principal ponto de desgaste para o governo de São Paulo, ao Governo Federal preocupa o impacto do problema sobre o PIB e a inflação. A falta d'água encarece e pode até mesmo inviabilizar a produção em algumas áreas.

A demanda por abastecimento residencial também compromete o nível dos reservatórios de geração hidrelétrica.

De todo modo, na opinião de assessores da Representação do Governo do Estado do Rio de Janeiro em Brasília, as chances de Alckmin são consideradas pequenas.
Fux é carioca e sabe bem que o Paraíba do Sul  atravessa problemas devido à grave estiagem também no estado do Rio.

Em outra frente de atuação para resolver a crise hídrica, chegaram a Brasília (segunda, 17) os projetos de obras que o governo de São Paulo pretende que sejam financiadas pelo Governo Federal.

Uma força-tarefa do Ministério do Planejamento os analisará também até esta quinta-feira.

De todo modo, as obras são uma solução para o médio prazo.

A única saída para Alckmin será mesmo torcer para chover como nunca antes na história de São Paulo.

As iniciativas tardias não passam de marola para os problemas de curtíssimo prazo.

A falta d'água, por sua vez, é o retrato mais árido - literalmente - da indigência política do estado governado pelos tucanos há duas décadas.




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