'Veja': Dilma garante que vai a fundo na investigação de denúncia: 'Doa a quem doer'
Presidenta disse que não ficará pedra sobre pedra, pois a investigação é um dever do cargo
Dilma: "Eu vou informar a nação de outra forma. Não de forma eletiva, por apoios políticos" |
São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, participa na tarde desta sábado (25), véspera do segundo turno eleitoral, de ato de mobilização pelo centro de Porto Alegre. Minutos antes, ela concedeu entrevista a jornalistas na qual disse que não "restará pedra sobre pedra" na apuração da denúncia feita pela revista Vejaenvolvendo seu nome e o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso de corrupção na Petrobras. Disse que é seu dever investigar, o que, segundo ela, nunca aconteceu neste país, "já que sempre engavetaram todas as denúncias".
Dilma enfatizou que não é do tipo de político que só fala em corrupção no período eleitoral. Pelo contrário, lembrou que tem histórico de combate à corrupção. "Vou investigar a fundo. Doa a quem doer. Manifesto meu repúdio a esse processo, que é um processo golpista. Tenho uma vida inteiro de repúdio à corrupção."
"Eu vou informar a nação de outra forma, não dessa forma eletiva que permite que bandidos que tentam salvar sua própria pele façam acordos políticos e digam coisas sem fundamento. Quero saber como as coisas vão ficar se investigarmos. As coisas vão ficar límpidas se investigarmos e os responsáveis também pelas injúrias e calúnias devem ser punidos", disse ela, acrescentado que não se pode tratar assim uma presidenta da República a três dias da eleição. "Por que isso não apareceu antes. Que história é essa? Minha indignação é proporcional à injustiça que estão cometendo contra mim", desabafou.
A presidenta abriu a entrevista conclamando o eleitorado brasileiro para que compareça às urnas. "Há uma característica democrática que coloca as pessoas, diante da eleição e da urna, com o mesmo poder. Do mais pobre ao mais rico todos têm o mesmo poder. A cerimônia do voto reforça nossa democracia. Foi uma imensa conquista sair da ditadura e consolidar a democracia, que respeita os direitos e as tradições democráticas e permite que de quatro em quatro anos haja essa discussão democrática que decide pra onde o Brasil vai caminhar."
Segundo ela, 2014 deverá ser lembrado como um grande momento de participação, diante de um cenário com "dois projetos distintos".
Questionada sobre o cenário econômico, disse que o Brasil vive uma situação bastante estável, porque atrai investimentos externos como nunca aconteceu. "O Brasil atrai investimentos diretos externos em uma proporção nunca vista nesse país. Eles dizem que os investidores internacionais estão desconfiados do Brasil. Então, como explicam o grande investimento externo?"
A presidenta segue pelas ruas de Porto Alegre na companhia do candidato petista ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro.
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