VEJA: denúncias seletivas, manipulação da notícia e desserviço eleitoral

Em busca da cartada fatal, da chamada "bala de prata" das eleições, a Revista Veja novamente tenta manipular suas notícias em favor do candidato de sua preferência. A capa do periódico desta semana traz acusações (não comprovadas, deixemos bem claro) de desvio de dinheiro da Petrobras para a campanha de 2010, de Dilma Rousseff. 
A matéria, que começa abordando o debate do SBT (realizado em parceria com portal UOL e Jovem Pan) já diz a que veio: confrontando os discursos dos dois candidatos quando fala sobre os casos do mensalão mineiro e tucano, o repórter é muito enfático em dar dicas sobre a resposta que Aécio Neves deveria ter falado para Dilma. Como uma consultoria, ao longo de todo o texto, a revista levanta a figura do doleiro Alberto Yousseff quase como um anjo revelador dos pecados petistas, antes da chegada do messias tucano que vai arrebatar os brasileiros para um paraíso neoliberalista.

A reportagem vem à tona na tentativa de encobrir a mais recente denúncia de Paulo Roberto Costa e sua delação premiada: Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB e figura proeminente no partido, teria recebido propina de R$ 10 milhões para desarticular CPI que investigaria a Petrobras em 2009. É impressionante que, mesmo com essa nova denúncia, a Veja tenha escolhido uma notícia de meses atrás, que não tem comprovação nenhuma e ainda está no campo das apurações, para fazer sensacionalismo e trazer um desserviço eleitoral em plena época de campanha. 
É sempre bom lembrar que o que existe, até agora, são fatos sem comprovação, que precisam ser e estão sendo investigados pela Polícia Federal no Governo Dilma. Isso não era possível há alguns anos, já que era prática ocultar e engavetar processos de corrupção em nosso país. 
A tríade da ~informação~ é simples: primeiro as denúncias são feitas pela Veja, depois alardeadas no Jornal Nacional (Rede Globo) e, logo após, nos demais jornais a serviço do partido de oposição. A fórmula, já bem manjada, traz consigo uma intenção já bem conhecida por nós, que é a eleição de um representante da elite, como os que há 12 anos atrás vinham fazendo do Brasil uma nação retrógrada e desigual.



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