Serra nega ter favorecido cartel: apenas "preservei o erário"
Em novo depoimento na Polícia Federal nesta quinta-feira (30), o senador eleito José Serra (PSDB) disse que não beneficiou empresas do cartel de trens e metrô durante seu mandato no governo de São Paulo, entre 2006 e 2010, apenas preservou o erário.
“No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF não possuía. Mesmo assim, o então governador [José Serra] e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF”, disse o executivo em depoimento.
Serra, por sua vez, disse que a sua preocupação era com a “preservação do erário” porque a CAF venceu a concorrência pelo critério do menor preço. O inquérito civil contra Serra por improbidade foi arquivado há duas semanas pelo Conselho Superior do Ministério Público. A CAF é citada na denúncia do cartel de trens de São Paulo num esquema que, segundo investigações, funcionava desde 1996, nos governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
As declarações de Serra sobre o assunto têm revelado o seu caráter. Quando questionado durante a campanha sobre o trensalão afirmou que cartel não é sinônimo de delito, mas um fenômeno comum no mercado empresarial. “Cartel não é nada mais nada menos que monopólio. São empresas que combinam um preço, não que tomam o preço”, disse Serra em evento com empresários, dia 25 de setembro.
Com informações de agências
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