Profissionais que deveriam salvar vidas pregam o extermínio nas redes


A presidenta Dilma Rousseff chegou ao segundo turno das eleições ganhando em 3.648 cidades, o dobro do outro candidato que vai disputar o segundo turno, Aécio Neves. Como se pode observar nomapa do Brasil da matéria do G1(link is external), Dilma esteve à frente em cidades de todas as regiões do país, ganhando inclusive no estado de Minas Gerais, o segundo maior do sudeste.

No entanto, a expressiva votação nos estados do Norte e do Nordeste serviu mais uma vez de desculpa para que as redes sociais se vissem recheadas de opiniões preconceituosas e sectárias. Mais uma vez, porque a mesma prática aconteceu em 2010(link is external), na primeira eleição de Dilma Rousseff. 
Um discurso de ódio e exterminação que veio de várias frentes: anônimos, formadores de opinião e, pasmem, até de uma parcela daqueles que deveriam prezar pela vida. Uma comunidade com quase 100 mil usuários no Facebook, que se dizem profissionais da área médica, com o título Dignidade Médica, apresenta postagens que defendem “castrações químicas” em nordestinos e até um holocausto contra eleitores petistas, além de veicular boatos como a proibição da realização de mamografias no governo Dilma (que o Muda Mais já desmentiu há cinco meses). Obviamente, a comunidade é fechada. Mas o portal iG teve acesso a algumas das postagens e publicou uma matéria(link is external)
Em nota sobre as manifestações nada humanitárias divulgadas nos últimos dias, o Conselho Federal de Medicina (CFM), afirmou ser “contra qualquer comentário ou ação que denote atitude preconceituosa”. E ponderou dizendo que todos os profissionais podem manifestar opiniões, “inclusive políticas”, mas considerando o “comportamento ético e o respeito às leis”. O CFM cita ainda uma investigação em casos que “extrapolem esses limites”.
Que se investiguem e se responsabilizem os autores de incitação à violência. Estamos diante de um momento que representa o auge da democracia, ao permitir que cada cidadão do país tenha direito a um voto. Não podemos permitir que a incitação ao ódio ofusque essa conquista de todos nós.#MenosÓdioMaisNordeste

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