Comissão entrega relatório de jornalistas perseguidos na ditadura

O presidente da Comissão da Anistia, Paulo Abrão, entrega, nesta terça-feira (28), relatório à Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas de Santa Catarina.


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O presidente da Comissão da Anistia, Paulo AbrãoO presidente da Comissão da Anistia, Paulo Abrão
O documento traça o perfil de jornalistas perseguidos, exilados e presos durante o regime militar, e faz um mapeamento das circunstâncias das perseguições e os nomes de agentes do Estado que participaram das violações.

O relatório conta a história dos jornalistas Lauro Pimentel, Sérgio da Costa Ramos e Paulo Ramos Derengovski, cujos depoimentos fazem parte do acervo de mais de 74 mil requerimentos de anistia política da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.



Os jornalistas escreviam artigos e militavam em partidos ou organizações de oposição do regime. Derengovski afirma que sofreu perseguição do Estado brasileiro até 1990, já depois da redemocratização.

“Os estudos mostram que a atuação política desses cidadãos na luta por seus ideais acabou gerando violações de direitos humanos pelo Estado, com implicações que se estenderam à vida pessoal e profissional dos perseguidos”, analisa Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia.

O documento será entregue durante a 88ª Caravana da Anistia, parte do I Congresso Internacional de Direitos Humanos – Barbárie ou civilização? Os 23 anos do Movimentos Alternativo.

Os relatórios às comissões da verdade são fruto de um termo de cooperação entre a Comissão de Anistia, a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Este é o quarto relatório entregue a uma comissão da verdade regional.

Fonte: Ministério da Justiça

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