Aécio e Serra: o abraço de Judas

Assim que Marina Silva subiu, antes que o galo cantasse três vezes, José Serra traiu Aécio Neves. Liberou seu aliado Roberto Freire para apoiar Marina e deixou que evoluíssem rumores de que seria Ministro da Presidente que não foi.
No final da campanha, Serra cumpriu o mesmo ritual que adotou em qualquer solenidade do partido da qual não seja protagonista principal: ficar como papagaio de pirata do dono da noite, seja nas inaugurações de Geraldo Alckmin seja, como ontem, na companhia de Aécio.

Durante todo o discurso, Serra procura ficar no ângulo de Aécio, para ser captado pelas câmeras.
Terminado o discurso, Aécio emocionado, Serra tenta dar o primeiro abraço. Aécio olha de lado, não encara o aliado desleal. Serra insiste. Aécio dá então um abraço seco, segurando a nuca de Serra mas não permitindo que seu rosto se aproxime. E se afasta, dando as costas para Serra sabendo que, em público, não haverá risco de facada por trás.


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