Dilma: "Utilizar qualquer factóide político para comprometer uma grande empresa e sua direção é muito perigoso"


A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (10), em coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada que não é um bom caminho misturar eleições com a Petrobras, uma das mais importantes empresas do país. Segundo ela, “utilizar qualquer factóide político para comprometer uma grande empresa e sua direção é muito perigoso”.
Questionada sobre o reajuste dos preços do petróleo, foi categórica: “Eu não estou dizendo aqui que vai ou não vai ter aumento de petróleo, não é minha competência estabelecer isso. Qualquer pessoa que disser que a presidenta da República se manifestou sobre isso está cometendo uma inverdade e isso é para ninguém ter dúvida e nem cair em tentação”.

O tema energia foi um dos mais questionados durante a coletiva. O assunto veio à tona depois que um dos repórteres perguntou a presidenta sobre a fusão anunciada pelo candidato Aécio Neves (PSDB), dos ministérios de Transporte com Minas e Energia. Dilma então voltou ao ano de 2003, para descrever o cenário que encontrou no MME quando chegou para ser a primeira ministra da Energia do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse que estava sem qualquer estrutura, sem pessoal para trabalhar “nem mesmo motorista tinha”, recordou. “O resultado disso foi o apagão”, disse Dilma, lembrando da grave crise de energia de 2002, que tanto custou para a economia do país e também para os cidadãos.
E prosseguiu elencando as medidas que desde 2003 foram adotadas tanto no governo de Lula quanto no dela para que o problema de gerenciamento verificado no governo do PSDB não se repetisse. Entre as ações, os investimentos em novas linhas de transmissão e também na geração de energia. “Estamos chegando a 20 mil MW em quatro anos, enquanto o governo anterior, e eu considero anterior o do Fernando Henrique (1994-2002), foram 21 mil MW e olha que estou sendo generosa nesse arredondamento”, disse.
Além disso, Dilma aproveitou para mais uma vez defender os ministérios que define como “de papel mais político”, como as secretarias de Direitos Humanos, da Mulher, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, entre outros, que tanto têm contribuído para a criação de políticas públicas de combate a crimes como a tortura, o racismo, a violência contra a mulher. Também alertou aos repórteres que são esses os ministérios que estão na berlinda para os candidatos da oposição.

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