Campanha eleitoral começa para valer nesta semana



Antonio Lassance

Além do início da propaganda eleitoral de rádio e tv, a partir de terça-feira (19),
ocorrem os primeiros debates entre candidatos a governador (na TV Bandeirantes,
com os candidatos a governador do Rio de Janeiro e do Distrito Federal).
Nesta segunda (18), Dilma é a entrevistada no Jornal Nacional da Rede Globo.
Na quarta-feira, uma semana após a morte de Eduardo Campos, o PSB deve
oficializar a candidatura de Marina Silva à presidência.
O quadro eleitoral será também agitado pelas novas rodadas de pesquisa. Além do
Instituto Datafolha, que já divulgou (segunda, 18) pesquisa incluindo o nome de
Marina Silva em substituição ao de Eduardo Campos, os demais institutos devem
fazer o mesmo rapidamente.

O foco político, muito concentrado, desde a morte do presidenciável Eduardo
Campos, na definição da candidatura do PSB, tende a permanecer agora dividido
entre a definição do vice de Marina e a postura a ser adotada pelo candidato do
PSDB, Aécio Neves.
Sua torcida organizada de colunistas das grandes corporações midiáticas
minimizaram o estrago da pesquisa Datafolha, mas o clima em sua coordenação é
de apreensão.
Se as próximas pesquisas confirmarem uma intenção de voto de Marina Silva
superior à de Aécio, o PSDB corre o risco de ficar em sua pior posição em disputas
presidenciais desde 1989.
A possibilidade de estar fora de um eventual segundo turno contra o PT, o que não
acontecia desde 2002, elevará a pressão sobre o tucano e abalará ainda mais o
ânimo de sua campanha.
Tudo isso a apenas um mês e meio das eleições (5 de outubro) e tendo Dilma
entrado em um período mais favorável, com inflação em queda e elevação na
aprovação popular a seu governo (6 pontos de melhora).
Nesta semana, a atuação dos tribunais eleitorais (TSE e tribunais regionais)
também chama a atenção para o julgamento de inúmeros pedidos de impugnação
de candidaturas nos estados.

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