Assistiremos ao triunfo da demagogia, da antipolítica e do discurso vazio?

Autor: Miguel do Rosário
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É triste que o debate político se reduza, frequentemente, a parâmetros mesquinhos, do tipo: quem é mais simpático, quem aplicará a melhor pegadinha em outro num debate na TV, quem dirá a frase de efeito mais contundente.
Nestas eleições, estamos diante de um dilema grave. De um lado, um discurso vazio, ancorado no sentimento de antipolítica cultivado há décadas por nossos meios de comunicação. Os erros políticos do governo, ao não prestar atenção a esse problema, foram denunciados sistematicamente por inúmeros movimentos sociais; em particular, naturalmente, por aqueles que lutam por uma comunicação mais democrática em nosso país. 

Mas o governo é o resultado de um conjunto de forças sociais e agora está claro que, nos próximos anos, a pressão por mudanças em nosso modelo de comunicação só tende a aumentar. A presidenta Dilma já antecipou que pretende lançar o debate, e defender, uma regulação econômica dos meios de comunicação. O que é o oposto à censura. É libertar a democracia brasileira das garras dos barões da mídia. Até agora, foi o único candidato que mencionou o assunto.
Entretanto, além do problema da comunicação, o Brasil tem um déficit profundo na área de mobilidade urbana. Este talvez devesse ser o debate central nas eleições deste ano.
De um lado, temos uma candidata que surfa na onda da insatisfação popular com os problemas urbanos e políticos, uma insatisfação que é necessária, por ser a principal força motriz das mudanças.  De outro, uma outra candidata que, pese a todas as críticas que possam lhe fazer (inclusive as mais levianas, como ser “sisuda” demais), vem apostando pesado na transformação das grandes cidades em lugares melhores para se viver.
De um lado, Marina Silva, com seu trololó antipolítico, demagógico e vazio. Andei analisando seu twitter. É incrível a produção de clichês quase sem sentido.
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De outro, Dilma, que está investindo R$ 143 bilhões em mobilidade urbana.


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