Ajustiça reacionária de Gilmar Mendes em 5 atos




Da Redação da Carta Maior

1) Com argumentos falaciosos, Gilmar Mendes pede vistas do processo sobre o fim do
financiamento privado de campanha.
Embora o julgamento tenha sido suspenso devido a um pedido de vistas do
ministro Gilmar Mendes, seis outros já votaram pela procedência do pleito,
reconhecendo que o financiamento privado de campanha desequilibra o sistema
eleitoral brasileiro, enquanto apenas um foi contrário. Mendes pediu vistas do
processo justamente após fazer as contas e ver que o resultado caminhava para
este desfecho. Gilmar Mendes, sempre ele, travou a porta com o pé direito ao pedir vista
do processo. E Fux adicionou a sua relatoria — impecável, como uma ponte de
sobrevivência depois do mergulho no lamaçal da AP 470 — um prazo capaz de jogar a
regra para 2018.


2) Habeas corpus em favor de Roger Abdelmissih
Para quem já esqueceu o episódio, Roger Abdelmassih mantinha uma clínica de
genética na Avenida Brasil, região nobre da capital paulista, onde atendia clientes
milionários. Durante muito tempo, ele foi paparicado pela mídia privada. Em 2008,
porém, surgiram as primeiras denúncias de que o médico sedava as pacientes e
cometia crimes sexuais. Em junho de 2009, ele foi indiciado por estupro e atentado
violento ao pudor. Aos poucos, 35 pacientes denunciaram os crimes do “médico das
elites”, que teria cometido 56 estupros. Abdelmassih chegou a ficar detido de 17
de agosto a 24 de dezembro de 2009, mas foi beneficiado por um habeas corpus
concedido pelo ministro Gilmar Mendes.

3) Procuradores e juízes repudiam decisões de Gilmar Mendes quanto ao
Habeas Corpus dado a Daniel Dantas
Para Procuradores, Regime Democrático foi atingido pela decisão do Presidente do
STF, proferida em tempo recorde, desconstituindo a decisão que decretou a prisão
temporária de conhecidas pessoas da alta sociedade brasileira, sob o argumento
da necessidade de proteção ao mais fraco. Juízes federais também divulgam carta
de protesto.conteudo

4) Habeas Corpus para Cristina Maris Meinick Ribeiro, condenada por sumir com o
processo de sonegação fiscal da Receita Federal contra a Globo
Em 2007, uma funcionária da Receita Federal, Cristina Maris Meinick Ribeiro, foi
denunciada pelo Ministério Público Federal por ter dado sumiço no processo contra
a Globopar, controladora das Organizações Globo, por sonegação fiscal. Como não
poderia deixar de ser nesses casos, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, deu sua contribuição às trevas: foi ele que relatou o habeas corpus que
soltou a funcionária da Receita, depois da ação de CINCO advogados junto ao STF.

5) Gilmar Mendes votou contra a lei da Ficha Limpa
O ministro chegou quase a perder a compostura ao defender seu ponto de vista. E,
no calor do debate, distribuiu críticas aos legisladores que aprovaram a lei, por
unanimidade, na Câmara e no Senado. Também sobrou para os membros dos
conselhos de classe (como a OAB e o Conselho Nacional de Medicina, por
exemplo), que, pela Lei da Ficha Limpa, também tornariam inelegíveis profissionais
expulsos por infrações ético-profissionais.

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