A conexão africana do Facebook

Projeto do Facebook, o internet.org oferece links grátis na Zâmbia. Por Felipe Marra Mendonça
Facebook
Um smartphone com o aplicativo do Facebook, em 2012. O Facebook lançou aplicativo que permite a pessoas sem conexão com a internet ter acesso a serviços de saúde, educação e comunicação básica
A África é a grande fronteira digital a ser explorada pelas gigantes do setor de tecnologia, com milhões de usuários em potencial, mas pouca conectividade para acessar a internet. Foi de olho nesse mercado que o Facebook revelou na semana passada um projeto experimental para conectar milhões de pessoas na Zâmbia aos seus serviços, além de outros parceiros selecionados.

Chamado de internet.org, o projeto consiste de um portal com links para diferentes sites e é oferecido gratuitamente para qualquer assinante da operadora Airtel. O usuário pode entrar em qualquer dos links mostrados sem gastar nada ou precisar de pacote de dados, mas recebe um aviso caso tente acessar um site não coberto pelo projeto. Entre os parceiros do Facebook estão a Wikipedia, o AccuWeather e um site local de empregos, o Go Zambia Jobs.
O internet.org é uma medida interessante para um país onde menos de 15% da população de 15 milhões de pessoas já acessou a internet, mesmo que o objetivo a longo prazo do Facebook seja angariar todos os potenciais novos usuários para sua plataforma, todos consumidores dos anúncios mostrados pela rede social. Outras operadoras africanas já demonstraram interesse no internet.org, sinalizando que o portal pode ser oferecido gratuitamente a usuários de outros países na região.
Os participantes da oferta inicial de ações do Facebook, ocorrida em meados de 2012, certamente querem provas de que o público da rede social deve continuar a crescer e a África pode ser a chave dessa expansão continuada.

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