Um metalúrgico sindicalista e uma mulher na presidência: a imprensa não aguenta!



O Brasil vai acabar em recessão, estagnação, desemprego, paralisia. Calma lá.... essa não é a realidade, mas sim o que estampam as manchetes que dominam as páginas de jornais desde 2002 - quando começou a  corrida eleitoral que resultou no ingresso de um metalúrgico e sindicalista à presidência da República.

Queriam fazer acreditar que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva seria ruim e temerosa para o país. Com Dilma, a mesma coisa. A pergunta que fica é: por que tanto pessimismo por parte da mídia? Quem sabe para preparar o caminho para possíveis sucessores que já anunciaram que tomarão medidas impopulares.  Em 2006, o apelo foi cultural : queriam nos fazer crer que, seguir com Lula era burrice. O eleitor ignorou a mídia e o reelegeu. Em 2010, pensavam em preparar o terreno para cortes e medidas impopulares (e continuam preparando): “próximo presidente terá abacaxi fiscal”. Novamente o eleitor deu um “chega pra lá” no pessimismo crônico e elegeu a primeira presidenta desse país.
Analisando as publicações desde 2002, temos, por exemplo, manchete do jornal o Estado de S.Paulo que falava do nervosismo no mercado financeiro (alguma semelhança com os dias de hoje?). Uma delas destacava – FMI: turbulência acalma com o fim da transição. Curioso notar que o FMI na primeira página dos jornais remete a um passado que muitos dessa nova geração jamais viram. 
Os incautos poderiam imaginar que Lula conseguiu um refresco da imprensa com o passar do tempo. #sqn. Ano após ano, os destaques eram sempre negativos. Até mesmo as boas notícias vinham ponderadas. Por exemplo: Crédito fácil aumenta endividamento e calote. (Pode?!!!) Retomada do crescimento pode causar apagão no transporte (Oi??!!!!) Aquecimento do mercado de trabalho e da renda pode acabar aumentando repasse nos preços (Socorro!!!!)
E a inflação? O dragão,  ainda que bastante controlado nesses 12 anos de governo Lula e Dilma,  sempre esteve nas capas dos jornais. É tanta análise de que o Brasil vai parar de crescer e que a inflação voltará que parece mais torcida do contra. Observe que o tema está presente também na arte da revista Veja!
Mesmo nos períodos de mais crescimento no país, as manchetes foram desanimadoras. O Produto Interno Bruto (PIB) é sempre muito decepcionante para osjornais. Por mais que tenha crescido desde 2002, como destacado na matéria “Pior PIB da República? Como assim?!!!”, ah um que de tristeza, bem lacônico para grande parte da mídia brasileira.
Para ter uma ideia dos disparates, a Folha de S.Paulo estampou em uma capa de 10 junho de 2009: O Brasil está em recessão. E, como se fosse fácil resolver um quadro como o que foi plantado pelo jornal em um passe de mágica, dez dias depois, a manchete já era “Recessão no Brasil acabou em maio, avaliam bancos”.
Mas, por que estamos falando disso agora? Para explicar melhor, vamos imaginar que estamos em um jogo de RPG, ou mesmo um desses games mais famosos do momento, o “Watch Dogs”.  Aiden Pearce, o galã do jogo, mas ele está em busca da verdade. Como é um hacker, ele penetra nos sistemas e consegue colher todas as informações, cruzar os dados - é um personagem que dificilmente será manipulado.
No cotidiano dos cidadãos, infelizmente, não é assim que acontece. A maioria da informação que recebemos vem da grande mídia. O governo forneceu caminhos para que o cidadão tenha o máximo de acesso e controle possível sobre os dados públicos, como por exemplo, a Lei de Acesso à Informação e o Portal da Transparência, mas não são todos que utilizam esses recursos.
O pessimismo não deu trégua. São quatro anos de terrorismo econômico nas páginas de jornais e, nos últimos dias, a agressividade aumentou. “Recessão à vista”, eles pregam, com desemprego, inflação, recessão. Uma coluna produzida no jornal O Globo trouxe uma luz para tanto terrorismo. “Os investidores acreditam que num novo governo as estatais não serão mais usadas como instrumentos de política econômica, mas como empresas competitivas num mercado internacional cada vez mais difícil”.
Não falta competitividade às estatais - inclusive à a Petrobras -  e isso, jornalistas e oposição sabem. De fato, as entrelinhas dessa coluna são ainda mais esclarecedoras(link is external). “O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que deve ser o principal nome da economia em um eventual governo do tucano Aécio Neves, já previra que a possibilidade de Dilma se reeleger no primeiro turno, como indicavam as pesquisas até pouco tempo, poderia ter o mesmo efeito que a vitória de Lula em 2002”. O que podemos deduzir que seria muito bom para o Brasil. 

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