Torcer contra a Argentina como quer Globo-CBF, tô fora!
Brasil x Argentina ( o segundo tempo da nossa derrota histórica)
por Adilson Filho, especial para o Viomundo
São dois mundos completamente diferentes, a cobertura feita pela ESPN e a feita pelas canais da Globo.
A tônica do primeiro é se concentrar seriamente nas mazelas do futebol brasileiro, reproduzindo a excelente entrevista com Breitner (ex-lateral alemão) , que há dois anos disse, pra quem quisesse ouvir, que o futebol praticado aqui estava ultrapassado e deveríamos nos espelhar no que estava acontecendo na Alemanha. Apesar do ‘toque’, que poderia nos ser valiosíssimo, foi acusado de arrogante pela mentalidade tacanha nacional.
A tônica do segundo é jogar pra debaixo do tapete (bem sutilmente e, aos poucos, pra não dar bandeira) a vergonha protagonizada pelo time do qual se apoderou, usando aquela rivalidade galvanizada (com todos os sentidos que essa palavra possa assumir) contra a Argentina como ‘cortina de fumaça’ , para defender a inacreditável e patética dupla Parreira-Felipão.
A entrevista que esses dois senhores deram, foi, na minha opinião, um papelão quase à altura da merda histórica que nos proporcionaram com seu trabalho inqualificavelmente medíocre.
Na hora da derrota, da seca, se conhece a grandeza do homem. Esses dois, especialmente Parreira – pois não desce do salto nem por um segundo e ainda tentou manipular as pessoas com a cartinha de uma senhora dona de casa – demonstraram toda sua pequenez de espírito ao não terem a dignidade mínima de assumir o que está na cara do planeta inteiro.
Pois agora se intensificará a campanha por parte da Globo-CBF contra a Argentina.
Acho a rivalidade no futebol saudável, sei que essa é uma delas, tá tudo certo, mas vou avisando que eu tô fora. Primeiro por ser um admirador da escola argentina de futebol, na qual vi jogar grandes craques, inclusive o maior de todos, Leonel Messi. Depois, porque, mesmo que eu tivesse algo contra eles, nesse momento eu seguraria minha onda. Na minha humilde opinião, depois de meu time tomar uma lavada daquela monta tão vergonhosa, o melhor a fazer é botar a viola no saco no lugar de assinar, publicamente, um atestado de recalque pro mundo inteiro ver.
A elegância alemã, a extrema gentileza e educação com que nos trataram em campo durante os 90 minutos, chegando ao nível de clemência, certamente contribuiu para nos deixar ainda ‘menorzinhos’ ali no gramado. A entrevista dessas duas figuras, ontem, conseguiu nos reduzir ainda mais um bocadinho. A saída às ruas, bares, churrasquinhos, sambinhas, festinhas coxinhas etc, para torcer contra o time de um país vizinho, que conquistou na raça sua classificação, na minha avaliação, nos reduzirá ao nada absoluto.
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