Israel, o menino arrogante por conta do grande irmão

Autor: Fernando Brito
gaza
O Brasil sempre cultivou as melhores relações com Israel.
Foi, aliás, um brasileiro que presidiu a criação de seu Estado, Oswaldo Aranha.
Nunca partiu de nosso país um ato sequer de agressão diplomática contra o estado israelense e se algo o Brasil fez foi participar das decisões da Assembléia-Geral da ONU que, há mais de 30 anos e sem sucesso, pedem o reconhecimento dos direitos dos palestinos.

O fato de nosso país reagir, chamando seu embaixador, depois do massacre de mais de uma centena de crianças na faixa de Gaza é, dentro das regras diplomáticas, uma atitude severa, mas que não se confunde com qualquer ofensa ao Estado de Israel.
Mas a cobertura que os Estados Unidos dão a qualquer – repito, qualquer – atitude de Israel deixou o governo de Tela-Aviv assim, como um menino mimado que só aceita que lhe aplaudam as atitudes, inclusive a de desfechar um bombardeio em larga escala contra instalações civis e, miseravelmente, crianças.
É por isso que Israel reagiu com, essa sim, agressão de chamar nosso país de “anão diplomático”.
Qualquer país dotado de um mínimo de racionalidade tentaria demover o Governo brasileiro, apresentaria argumentos, defenderia, se é que isso é possível, seus atos.
Israel não tem racionalidade porque não precisa ter. Se a tivesse não teria tido a empáfia de nos agredir como agrediu.
Julga que não precisa de ninguém, porque tem a cobertura de seu irmão muito maior, os EUA, que lhe  permite todas as suas traquinagens.
E o torna, a cada dia, mais enlouquecido em fazer o que acha que tem o direito de fazer, inclusive bombardear Gaza, uma nesga de terra onde, por isso, cada vez mais ódio a Israel fermenta.
E fermenta também o ódio dentro de Israel, que se faz representar em governos adeptos do diálogo zero e do força total.
Mas Israel passou dos limites ao dizer que o Brasil dá  ”suporte ao terrorismo” .
É um desrespeito ao nosso país e as comunidades judaica e árabe que aqui vivem e convivem em harmonia.
O Brasil não deve das “uns cascudos” diplomáticos em Israel.
De ir logo falar com o grande irmão que o protege.
E dizer publicamente que, em matéria de crianças, quer todas, as israelenses e as palestinas, vivas.
E não mortas a bomba.

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