Dilma na Sabatina Folha/UOL: confira na íntegra



Dilma Rousseff recebeu hoje (28) no Palácio da Alvorada quatro jornalistas para a sabatina Folha/UOL/Jovem Pan. Kennedy Alencar, Josias de Souza, Ricardo Baltazar e José Maria Trindade.
Durante aproximadamente uma hora, Rousseff abordou vários assuntos divididos em doisblocos. Seguem os principais tópicos da conversa:

Pessimismo - Dilma mostrou-se indignada com a onda de pessimismo que tentou sabotar a Copa do Mundo, e agora migra para a economia. “Toda a onda de pessimismo que reinou durante a Copa do Mundo ao final das contas não se confirmou. E agora querem que esse pessimismo se abata sobre a economia.” Dilma rebateu a alegação de um dos entrevistadores, de que ela tem uma visão otimista da economia: “Não faço uma análise otimista, faço uma análise realista.”
Especulação financeira em ano de eleição e Banco Santander - Ela lembrou dos incidentes desta semana envolvendo o banco Santander e especulações a respeito dos rumos da economia caso ela seja reeleita. Criticou com veemência a atitude:  “É muito perigoso especular em situações eleitorais, já tivemos experiências em 2002, e não foram bem sucedidas. E é inadmissível para a sétima economia do mundo aceitar qualquer nível de interferência de instituições internacionais no processo eleitoral brasileiro.” Dilma respondeu que não teve acesso ao conteúdo da carta do Santander a seus clientes mais abastados, mas disse que vai tomar atitudes com relação ao banco."Vou ter uma atitutde bastante clara em relação ao Santander. Não especulo sobre ações, sou presidenta, tenho que ter uma atitude mais prudente”. Dilma afirmou ter recebido um pedido de desculpas do banco e que este foi “bastante protocolar”.
Pasadena -  “Tanto TCU quanto o Ministério Público perceberam as condições, por isso eu fui afastada desse processo”. O Conselho aprovou apenas a primeira fase da compra, e ao final dessa fase o processo foi levado à disputa judicial. “Não acho que estou sendo desgastada [pela questão], pelo contrário, esse processo todo mostra que eu tive uma conduta muito decente no exercício do cargo público.”
Mudanças - Segundo a presidenta, mudar não significa se arrepender.  Você faz mudanças para melhorar, aprimorar, seguir em transformação.
Desemprego - "Vivemos a menor taxa histórica de desemprego de todos os tempos."
- Crise: como lidar – Dilma falou que o Brasil conseguiu contornar e minimizar os efeitos da crise mundial sobre a economia brasileira.
Concessão X Privatização - Dilma explicou a diferença entre concessão e privatrização, e explicou a escolha do governo pela concessão: "Na concessão você devolve depois, ao fim do contrato. Quando eu vendo e privatizo, eu não devolvo."
Mais Médicos - A presidenta explicou que o programa surgiu da necessidade de levar médicos a 50 milhões de brasileiros desassistidos, e que várias tentativas foram feitas antes de trazer os cubanos para cá.
- Corrupção - A presidenta lembrou que quando o mensalão estava sendo julgado, não interviu de forma alguma no judiciário, nem conversando com procuradores nem tentando obstruir a justiça. E lembrou que o cuidado que a justiça teve para com o mensalão não se reproduziu quando tratou-se do mensalão mineiro. Concluiu: “Tenho uma vida política e pessoal. Eu não tolero, não pactuo com corrupção de nenhuma espécie".
Desigualdades sociais: A presidenta falou da ascensão econômica de milhões de brasileiros à sociedade de consumo. E comemorou a drástica redução da pobreza no país.
Veja a seguir a íntegra da sabatina Folha/UOL/ Jovem Pan/SBT com a presidenta Dilma Rousseff:


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