Com Lula, Padilha e Nivaldo lançam campanha nas ruas de SP
A praça da Sé ficou tomada por bandeiras nesta sexta-feira (18). Centenas de militantes e sindicalistas se reuniram em frente à catedral da Sé para presenciar o lançamento da campanha nas ruas do candidato a governador, Alexandre Padilha (PT) e Nivaldo Santana (PCdoB), vice-governador.
Lula lembrou a Padilha que o contato direto com as pessoas na rua é o que fará a diferença e dará credibilidade aos discursos do ex-ministro da Saúde. “Se você depender de noticiário positivo na imprensa, você não terá”, alertou.
Segundo Padilha, a sua estratégia de campanha envolve intensificar a interlocução com a população do estado, diferentemente da adotada pela oposição. “As únicas mensagens que existem de São Paulo são as pagas pelo governo do estado. Nós vamos fazer diferente. Vamos às ruas. Não tem escola, não tem universidade, não tem culto onde deixaremos de estar”, disse.
A militância da União da Juventude Socialista (UJS) esteve presente no grande ato. Com palavras de ordem animaram o ato de lançamento da candidatura ao governo paulista.
Datafolha
Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (17), Padilha teria apenas 4% das intenções de voto. Para Lula, os números não devem ser vistos com alarde, mas sim como referência.
“Em setembro de 89, faltando um mês para eleição, foi divulgada uma pesquisa, em que eu só tinha 5% das intenções de voto” disse Lula. No pleito do mesmo ano, o ex-presidente chegou ao segundo turno.
Da mesma forma, ocorreu com o Fernando Haddad. Em julho de 2012, ele apresentava apenas 3% de intenções de voto. “No fim das contas, Haddad foi eleito prefeito porque tinha a melhor proposta”, exemplificou Lula.
Cantareira
Entre as críticas feitas sobre a atual gestão do governo de São Paulo, a crise do Cantareira foi a mais citada. Padilha rebateu o argumento adotado pelo governador Geraldo Alckmin, em que o tucano atribui a seca dos reservatórios de água às baixas temperaturas registradas desde o começo do ano. “Quem é neto de nordestino sabe que nenhum açude no sertão seca em seis meses. O cantareira não é um açude, são seis represas juntas. Portanto, não me venha dizer que foi a seca que secou o Cantareira. Eles não realizaram as obras recomendadas há anos pelos especialistas”.
Já Lula, ao fazer uma pausa para tomar água, alfinetou em tom irônico: vou agarrar essa garrafa, porque se o Cantareira pode ficar sem água, a minha garganta não pode.
No encerramento do ato, o ex-presidente reafirmou total apoio à candidatura da chapa Padilha/Nivaldo em São Paulo e prometeu fazer o possível para ajudá-los a retirar os tucanos do governo paulista.
Com informações da Agência PT de Notícias
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